Florianópolis entrou de vez na rota das feiras de arte impressa e publicações independentes, eventos que ganham cada vez mais destaque nas capitais brasileiras. Nesta sexta-feira, começa a Parque Gráfico, promovida pelos designers Camila Petersen e Thiago Bazinga Vieira. Conheça expositores de Santa Catarina que valem a pena ser conferidos na feira.

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Veja como será a primeira edição da Parque Gráfico

Confira a programação completa da feira

Ivan Jerônimo

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(Foto: Ivan Jerônimo / Divulgação)

Paulista radicado em Florianópolis, o designer Ivan Jerônimo é um dos expositores convidados pela organização. Ele vai levar trabalhos em caligrafias (letra escrita) e letterings (letra desenhada) inéditos, feitos especialmente para a feira, como a Horror Clássico (foto), que traz frases de clássicos da literatura de terror em letra gótica. Para os adoradores de café, Substâncias Legais tem painéis em papel preto imitando lousa de quadro negro com nomes de cafés e suas variedades. Terá também uma série de cartões postais experimentais de caligrafia com nanquim e nanquim diluído em água.

Tefopress

(Foto: Tefopress / Divulgação)

A plataforma pra publicações de fotografia com preço popular foi criada pelo repórter fotográfico criciumense Stefano Maccarini em 2014. Prestes a se mudar para a Inglaterra, ele escolheu a feira para ser o lugar onde vai finalizar e fechar o ciclo de alguns trabalhos.

Entre os projetos inéditos que ele apresentá estão um dicionário do picho feito em parceria com Gabriel Prado e um fotolivro desenvolvido no Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco, em um workshop com o fotógrafo australiano Max Pam.

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— Ele nos orientou — dentro da linguagem dele, que é bem parecida com a minha, a criar pseudoautobiografias — registrar a vida e montar uma história que tenha aparência de realidade dentro de um formato de livro. São 20 exemplares feitos à mão, tem todo um cuidado de artesanato — conta o fotógrafo.

Letícia Cobra Lima

(Foto: Letícia Cobra Lima / Divulgação)

Designer gráfica e artista plástica com mestrado em Artes Visuais, Letícia começou a fazer zines e lambe-lambes na adolescência, em uma produção ligada ao punk, hardcore e ao ideário do Faça-Você-Mesmo.

— Investigo as possibilidades para uma arte feminista que interfira no cotidiano da cidade, além de meios e fluxos alternativos da arte, principalmente aqueles que se dão através de redes de cooperação e resistência. Meus meios favoritos são aqueles que permitem a maior difusão possível pelo menor custo — explica.

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Ela também vai participar do debate Empoderamento Feminino e Publicações Independentes, onde vai levar sua experiência com o Ciclo de Oficinas em Intervenção Urbana e Publicação Independente para Meninas e Mulheres, parte de seu trabalho de conclusão de curso de Artes Plásticas pela Udesc.

Coletivo Piscina

(Foto: Tina Merz / Divulgação)

Criado em Florianópolis mas formado por artistas de várias cidades do Brasil, o Coletivo Piscina é uma plataforma para reunir e mostrar o trabalho de mulheres artistas. Na Parque Gráfico, vai lançar um livro com trabalhos de 55 garotas – a maioria de Santa Catarina e São Paulo, mas tem representante até da Argentina. A curadoria é de Ana Luiza Forte, Nataly Callai e Paula Franchi, criadoras do projeto, e o design e a produção gráfica são de Tina Merz. O Coletivo também vai ter trabalhos originais das artistas, como o livro [a mor]ada, também de Tina, que traz fotografias e um poema sobre a casa de seus avós.

Agende-se

O quê: Parque Gráfico – Feira de Arte Impressa

Quando: de sexta-feira (13) a domingo (15). Na sexta, das 16h às 19h, no sábado e domingo, das 13h às 19h

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Onde: Museu da Escola Catarinense – MESC (Rua Saldanha Marinho, 196, Centro, Florianópolis)

Quanto: A entrada é gratuita. Alguns expositores aceitam cartão, mas a dica é levar dinheiro