Deixe pra lá selfies no espelho do banheiro, fotos de comidas nada apetitosas e, por favor, tire o dedo da frente da câmera. Experimente novos enquadramentos, ângulos inusitados e composições criativas. Se ainda assim não se der conta do que a câmera de seu smarphone é capaz de fazer, dê uma olhada nos trabalhos publicados na revista digital catarinense NoMirror, especializada em mobgrafia, movimento que estimula a arte fotográfica e visual produzida exclusivamente com aparelhos celulares e tablets.
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5 dicas para melhorar suas fotos de celular, por Allyson Correia, editor da revista NoMirror
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Criada pelo designer gráfico Allyson Correia e pelo fotógrafo José Luiz Nunes Neto, ambos de Blumenau, a revista nasceu de uma frustração criativa dos amigos. Em 2012, atentos a uma tendência que perceberam durante a Olimpíada de Londres – quando Dan Chung, fotojornalista do The Guardian, cobriu todo o evento usando somente o iPhone -, eles promoveram um workshop de smartphonografia na cidade do Vale do Itajaí.
— Naquela época, o mercado não entendeu e não tivemos muita aceitação. Em meados de 2015, a gente se reuniu e teve uma convergência de ideias bem interessante. Montamos um projeto e, desde o início, a proposta era fazer algo pra nós mesmos. Por enquanto, a revista não tem fins lucrativos, é gratuita, a gente não ganha nada, e as pessoas não recebem, é puramente por amor à fotografia, uma válvula de escape criativa — conta Correia.
Veja algumas fotos publicadas na revista:
O trabalho da dupla chamou a atenção dos organizadores do evento FLAMob Talks, que faz parte das atividades do 1º Festival Latino Americano de Mobgrafia 2016, que ocorre em São Paulo, entre os dias 9 e 10 de julho, no Museu da Imagem e do Som. Eles irão integrar a equipe do painel de debate Mobgrafia e Fine Art. É possível?, conduzido pelos experientes fotógrafos Lucas Lenci e Rodrigo Vieira, da Shootermag Brasil, também especializada em fotografia mobile.
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Leia as duas primeiras edições da revista
A NoMirror tem procurado pessoas que não são fotógrafas, que fazem fotos porque curtem. Já participaram das duas primeiras edições da revista o empresário Juliano Mendes, um dos fundadores da Eisenbahn, a engenheira Ligia Fascioni, que mora em Berlim, e o produtor de moda Eduardo Kottmann, por exemplo.
— A gente tem recebido ensaios maravilhosos, feitos com tanto cuidado e atenção que as pessoas não acreditam que é com celular. Todo mundo pode ser um bom fotógrafo e tem no bolso uma excelente ferramenta de captura, mas nem todos já sabem disso. Em São Paulo, a discussão já está em um outro nível. Acredito que aqui ainda precisa acordar um pouquinho mais — finaliza o designer.
Quem quiser enviar suas imagens para avaliação dos editores pode escrever para contato@nomirror.art.br.
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