No último encontro dos guincheiros da Grande Florianópolis, há um mês e meio, um Ford Cargo 815 roubou a atenção de todos. E nem se tratava de um caminhão zero quilômetro, muito menos da última geração em carrocerias ou em sistemas de cabos de guincho. Ele não tinha nada disso. Mas tinha uma mulher na direção. E era cor-de-rosa.
Continua depois da publicidade
Sônia Regina Flores, 36 anos, é quem estava no comando. Há um ano, é dela aquele Ford Cargo 815, fabricado em 2002, e que, há dois meses, recebeu tinta rosa nos parachoques, na carroceria e no aerofólio. E que também tem borboletas azuis coladas nas laterais e uma boneca presa na antena.
A única guincheira mulher que se tem notícia na região é vaidosa e não sai de casa sem unhas pintadas, batom e cabelo impecável. E não mede mais do que 1,60m de altura – o que atrai olhares desconfiados.
A pergunta que Sônia mais tem ouvido por aí é esta: “Mas você vai conseguir colocar meu carro aí em cima, moça?”
Continua depois da publicidade
Todos dão uma espiada
Quando ela passa com o guincho, ninguém resiste a uma espiadinha. Na vizinhança, o pessoal já apelidou-a de Penélope Charmosa. E o Ford Cargo 815 rosa, aos poucos, vai ficando famoso por todo o Estado. Esta semana, atendeu um carro quebrado em Santo Amaro da Imperatriz e, minutos depois, viajou a Criciúma para buscar um veículo. Sônia e o caminhão rosa não param.
Nem sempre foi assim
O Ford Cargo 815 não foi sempre cor-de-rosa. E Sônia também não imaginava virar guincheira. Era mulher de guincheiro e dona de casa. No ano passado, assumiu o caminhão do marido para atender todos os clientes. Foi amor imediato: era isso que ela queria.