Beatriz Schlickmann Bastos tem 15 anos e está no nono ano do ensino fundamental. Ela ainda não sabe o que quer estudar depois que concluir o ensino médio, mas já sabe que será alguma área relacionada a ciências. A joinvilense tímida e esforçada foi vice-campeã da 17ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e na manhã desta sexta-feira recebeu das mãos da professora de ciências a medalha de reconhecimento no anfiteatro da Escola Internacional UniSociesc, onde estuda.
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Este é o primeiro ano que a escola participa da competição e logo que Beatriz ficou sabendo da iniciativa, quis se inscrever. As provas foram realizadas em maio na própria unidade de ensino. O resultado saiu em outubro, foi quando a professora Alice entrou na sala eufórica para contar à estudante sobre a conquista.
– Ela ficou parada me olhando, parece que não acreditava. Antes de ela receber a medalha hoje, ela me pediu para vê-la, admirada – conta Alice Moser Ramade, professora de ciências e física.
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Além da olímpiada de astronomia, esse foi o primeiro ano que Beatriz participou também da Olimpíada de Matemática. O gosto pelos números e pelos astros foi reforçado na menina quando em uma aula de matemática sobre Pitágoras ela não conseguia descobrir os ângulos dentro de um triângulo e pediu ajuda para a professora, que lhe indicou um site com explicações de matemática em vídeo.
– Nesse site também tinham explicações de astronomia, mas não muitas coisas, ai eu fui buscando mais conteúdos – diz Beatriz.
Entusiasta com as ciências e a física, Beatriz está sempre emprestando livros do ensino médio com a professora de ciências para ler. Além dos livros didáticos, a física também acompanha as obras literárias que a menina lê, como “Alice no país do Quantum”, de Robert Gilmore. O romance é combinado com conceitos sobre ondas, partículas, energia.
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A Olimpíada de Astronomia compreende quatro níveis, que correspondem ao ano escolar dos estudantes. Beatriz participou do terceiro nível, para alunos do sexto ao nono ano. Em maio, ela respondeu dez questões sobre astronomia e astronáutica e como sua prova foi uma das dez melhores do seu nível escolar em sua escola, ela foi enviada para a organização da olimpíada, que escabele essas regras.
Pela escala de notas estabelecidas pela olimpíada para cada nível, Beatriz ganhou a medalha de prata.
Neste ano, mais de 770 mil estudantes do ensino fundamental e médio de quase nove mil escolas públicas e particulares de todos os estados participaram da olimpíada. Em Joinville, 32 escolas participaram da competição e 77 estudantes ganharam medalhas, seis deles de ouro. Cinco deles eram de escolas públicas.
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– O grande ganho de tudo isso é o que eles aprendem no processo de preparação para a prova – afirma Alice.
O que parece ser confirmado pela estudante, que diz ter conhecido vários outros assuntos estudando para a prova. Beatriz já pensa no ano que vem, quando ela tentará uma medalha de ouro.
– A olimpíada trouxe mais confiança para mim – respondeu entre os cumprimentos dos amigos.
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Ao todo, 55 anos estudantes da UniSociesc participaram da competição, em diferentes níveis