Os nomes dos blocos de Carnaval têm origens curiosas, muitas vezes a partir de uma ideia boba, inspirados em uma história engraçada – pode ser peixe, o apelido de um amigo, a ventania que “encana” na rua. O objetivo de todos é um só: causar riso e inspirar diversão durante a folia de Momo. Conheça alguns nomes curiosos:

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:: Baiacu de Alguém

Baiacu é um peixe comum nas águas de Florianópolis, mas muito rejeitado por ser venenoso. Se vem baiacu na rede, todo mundo já o devolve logo ao mar. Quando alguns amigos do Bairro Santo Antônio de Lisboa decidiram montar um bloco, lembraram dos já famosos Berbigão do Boca, da Ilha, e Bacalhau do Batata, de Recife. E veio a pergunta: o nosso, vai ser baiacu de quem? Nem precisou pensar para responder. É o Baiacu de Alguém!

:: Vento Encanado

O bloco começou em 2010 e a primeira ideia era desfilar na Avenida Hercílio Luz, um corredor por onde o vento “encana”, no dialeto mané. Se é vento Sul, ele entra pelo lado do Instituto Estadual de Educação (IEE) e vai em direção à maternidade Carlos Corrêa. Se é vento Nordeste, faz o caminho oposto, levando o som para frente. Só que o bloco nunca desfilou na Hercílio Luz, mas a concentração ocorre na Rua Padre Miguelinho, ao lado da Catedral Metropolitana, outro ponto onde o vento “encana”. Diz-se vento encanado onde o vento sopra sem nenhum obstáculo.

:: Onodi

No bom e velho manezês, Onodi quer dizer “eu não dei”. Ô no di! A origem da expressão pode ter vindo tanto da Nega Tide, personalidade do samba da Capital morta em 2010, quanto de uma homenagem ao cachorrinho do Tirelli, personagem da cidade que, ao ser questionado sobre qual era o nome que tinha dado ao cachorro que ganhara de presente de um amigo, respondeu: “ô no di!” O bloco sai sempre aos domingos no Bairro Campeche, como alternativa à dificuldade de se chegar ao Centro da cidade em decorrência da distância e do transporte.

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:: Sou + Eu

O nome é uma homenagem a Wilson Pires, então massagista do time de futebol de salão Colegial, formado por alunos e ex-alunos do colégio Catarinense. O apelido do massagista era Sou Mais eu, e ele era também o dono da charanga que animava a batucada dos amigos no esquenta para o bloco dos sujos no Centro da cidade. Em 1977 o grupo oficializou o bloco e o batizou de Sou + Eu. Hoje é um dos blocos de sujos – em que homens se vestem de mulher – mais antigos de Florianópolis.

:: SOS – Enterro da Tristeza

Existe desde 1960 com o singelo objetivo de literalmente enterrar a tristeza. O caixão com um boneco que parece um defunto simboliza a morte das mágoas, das tristezas e angústias, das mazelas da vida, para viver intensamente a alegria, pelo menos durante o Carnaval. No começo, reunia cerca de 300 pessoas, sempre na quinta-feira antes do Carnaval – o objetivo é aumentar em mais um dia a folia.