Parteiro Rodoviário Federal. Essa é a nova função de Simão Edson da Cunha, pelo menos na brincadeira entre os colegas da Polícia Federal de Joinville. Em menos de cinco anos, ele ajudou duas mulheres a darem à luz na BR-101. E, uma das curiosidades, é que as duas ocasiões foram no mesmo local, turno e dia da semana: no posto da PRF, no período da noite e em uma segunda-feira.
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Na última segunda, foi a vez de Isabele Denker receber ajuda do policial. A família – pai, mãe e irmão – vinha de Garuva pela segunda vez no mesmo dia, quando precisou parar às pressas no Posto da PRF, em Pirabeiraba, no km 25 da BR-101. Eles aguardavam a ambulância da Autopista Litoral Sul, mas não deu tempo. Quando viram, Isa já estava nos braços do pai.
– O trabalho foi todo do pai e da mãe. Só cabia a mim orientar – contou Simão.
Isabela nasceu no banco da frente do Corsa. Conforme conta o policial, a família toda tinha retornado para casa momentos antes daquela mesma segunda-feira, porque a mãe não apresentou dilatação suficiente para fazer o parto. As contrações continuaram e eles pegaram a BR-101 novamente. Sobrou para Simão a missão de verificar os sinais vitais da recém-nascida, que, apressada, queria nascer a 100km/h, dentro do carro mesmo. Ele também cuidou da mãe, verificando os batimentos e, principalmente, se ela não apresentava quadro de hemorragia.
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Mãe e filha passam bem na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, e devem ter alta nesta quinta-feira.
Já é a segunda vez que Simão é pego de surpresa por recém-nascidos. Na primeira, em 2012, ele estava encerrando o expediente quando o menino Caio veio ao mundo.
Desta vez, o posto estava cheio de veículos retidos. Havia, pelo menos, quatro carros com documentação irregular sendo abordados. Isa nasceu com plateia.
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Para o policial, os nascimentos que presenciou foram muito espontâneos se comparados ao da própria esposa. A filha dele, Samantha Cunha, que hoje tem 17 anos, veio de forma mais demorada, com tempo contado no relógio ansioso do pai de primeira viagem.
É uma história para a vida inteira. São mimos do nosso criador para dar ânimo pra gente, considerou Simão, que acreditou ser coisa de Deus.