O 62º Batalhão de Infantaria (62º BI) começou no Rio de Janeiro há 225 anos, quando foi criado pelo Regimento de Moura, uma corporação que veio da corte portuguesa para o Brasil com o objetivo de combater a invasão espanhola no território nacional e se nacionalizou.

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De lá para cá, a corporação passou por outras cidades e Estados até se estabelecer em Joinville há 100 anos, em março de 1918, com o objetivo de trazer “brasilidade” à região, num momento em que despontavam as colônias alemãs e italianas no Sul.

A primeira casa joinvilense do batalhão foi na Liga da Sociedade, onde permaneceu durante três anos, à época como 13º Batalhão de Caçadores. Em seguida, ocupou o espaço do quartel que hoje é ocupado por 850 militares na região central.

Para o exército, tanto a data de 10 de março quanto a de 23 de outubro são muito significativas para a cidade. A primeira delas, porque remonta ao encontro da sociedade militar recém-chegada a uma Joinville ainda em formação, com apenas 67 anos de história. Já a segunda por relembrar o momento exato de formação de um dos mais antigos e ainda vigentes Batalhões de Infantaria do País.

— Esse prédio aqui (na Ministro Calógeras), talvez tenha sido por muitos anos o maior empreendimento público de Joinville e um grande movimentador da economia durante uma parcela de tempo considerável, até a cidade vir a ter seu parque industrial. Houve uma injeção de recursos, diretos ou indiretos, vindos através das compras da manutenção, do consumo das famílias dos militares que estão atrelados ao quartel e da estrutura de saúde que envolve aqueles que têm algum tipo de passagem pela Força. Recursos que hoje, de uma maneira geral, somam em torno de R$ 145 milhões por ano — enfatiza Calderaro.

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Ainda conforme o tenente-coronel, investimento e a máxima de que inicialmente o batalhão não era só uma questão de nacionalização de área em um momento de transformações, mas também de existir num cunho econômico e social, de segurança, contribuiu para consolidar o batalhão na cidade catarinense. A identidade que o povo joinvilense teve com o batalhão e também o fato de ser uma sociedade voluntariosa, contribuíram.

— Joinville é ordeira, progressista, cheia de exemplos de empreendedores que foram capazes de criar empresas de peso mundial. Além disso, o Brasil ficou mais estável, a sociedade se solidificou, e a cidade deixou passou a ser o terceiro centro industrial do Sul, então isso cresce de importância. Temos também na Região áreas estratégicas de defesa, na qual o exército tem de se fazer presente, o que consolidou a cidade como nossa sede — elenca.