Figura quase onipresente na campanha do marido, Rosângela da Silva, de 56 anos, foi peça-chave na acirrada disputa que reconduziu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto depois de 12 anos. Janja, como é conhecida, cuidou não apenas do bem-estar de Lula, mas também das agendas do presidente eleito — especialmente com artistas –, e até das estratégias nas redes sociais.
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Nos últimos meses, Janja deu mostras de que não será uma primeira-dama “decorativa”, como alguns opositores se referiam à Marisa Letícia, ex-mulher de Lula que morreu em 2017 após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Chamada de “Janjinha” pelo petista, ela participou das reuniões da cúpula da campanha e sempre sinalizou que gostaria de atuar de forma institucional na defesa dos direitos das mulheres caso o marido fosse eleito.
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O casal começou a namorar antes de Lula ser preso, em abril de 2018, quando o presidente foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Durante os 580 dias em que o petista esteve preso em uma cela da Polícia Federal em Curitiba, ele e Janja trocaram inúmeras cartas e se encontravam nas visitas autorizadas pela Justiça. O ex-metalúrgico oficializou publicamente o namoro com a nova primeira-dama no dia em que foi solto.
Trajetória
Nascida em União da Vitória, no Paraná, em 27 de agosto de 1966, Janja se mudou para Curitiba ainda na infância. A nova primeira-dama cursou ciências sociais na Universidade Federal do Paraná (UFPR) nos anos 1990, atuou como professora e, em 2003, foi contratada para trabalhar como socióloga de campo na usina hidrelétrica Itaipu Binacional, no início do primeiro governo Lula.
A nomeação foi feita pelo parananese Jorge Samek, amigo de Lula que foi diretor-geral de Itaipu entre 2003 e 2016 e disputou a eleição deste ano como vice na chapa de Roberto Requição (PT) ao governo do Paraná. Na estatal, Janja fez campanhas de enfrentamento à violência contra a mulher, organizou reuniões e atividades no escritório da binacional em Curitiba, onde recebia salário de R$ 17 mil.
Durante sete anos, a socióloga viveu no Rio de Janeiro, período durante o qual foi cedida à Eletrobras. Em 2016, voltou ao Paraná, onde se aproximou do novo chefe do Executivo. Cinco anos depois de seu retorno ao estado de origem, Janja aderiu ao plano de demissão incentivada e se aposentou pela Fundação Fibra.
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