O presente que o filho Everson Koerich, 35 anos, deu para o pai Valdemar José Koerich, 61 anos, ficou marcado para sempre na vida dos dois. No dia 13 de abril do ano passado, Everson doou um de seus rins ao pai. E a cada Dia dos Pais essa história é lembrada com emoção.
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Em dezembro de 2011, depois de conviver com problemas renais há 20 anos, decorrentes de gota e pressão alta, a médica de Valdemar deu a notícia de que seus rins funcionavam apenas com 12% da capacidade. Ela apresentou duas alternativas: transplante ou hemodiálise.
Foi então que começou a busca por doadores. Sete amigos e parentes apresentaram exames condizentes. Porém, Everson e um primo estavam mais compatíveis que os outros. Ele precisou fazer mais de 60 exames para comprovar a compatibilidade com Valdemar. Mas antes de realizarem todos os testes, o filho já sentia que seria o doador.
-Ele me disse: ?Pai, não te preocupa que eu serei o doador’ – recorda Valdemar.
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A cirurgia foi marcada para o dia 13 de abril de 2012 e, por isso, o número 13 ficou marcado para os dois como o número da sorte. A cirurgia durou cinco horas e foi um sucesso. Para Everson, o seu ato foi o mínimo que um filho poderia fazer a um pai. Ele se sente honrado em ajudar a salvar a vida do pai.
– Depois que a gente é pai pela primeira vez, vê as dificuldades do dia a dia. É o mínimo que um filho deve fazer. Se minha mãe precisasse de um rim, doaria o outro para ela e faria a hemodiálise – admite Everson, que é pai de duas meninas.
A mãe Adalgisa Koerich, 61, conta que o marido sempre foi uma pessoa de bom caráter, companheiro e prestativo. Ela conta que hoje os dois estão saudáveis e compartilham momentos de felicidade juntos. Valdemar toma apenas três remédios para não ter rejeição ao órgão e está com a gota e pressão alta controladas. Além disso, periodicamente precisa fazer consulta na Pró-Rim, local onde fez o transplante.
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Amor mostrado em rede nacional
Um novo presente será dado aos dois neste domingo. Apaixonados por futebol, Valdemar e Everson foram convidados pelo Globo Esporte para assistir ao Fla-Flu e participar de uma reportagem como personagens de uma matéria sobre o Dia dos Pais que deve ir ao ar na segunda-feira.
Depois do transplante, o assunto futebol ganhou uma pimenta a mais na relação dos dois. O pai é torcedor fanático do Fluminense e o filho do Flamengo. Everson não perde a chance de aguçar a rivalidade.
– Por mais que ele seja tricolor sempre terá um pedacinho flamenguista dentro dele – brinca Everson.
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Para os dois, poder assistir a um Fla-Flu pela primeira vez será mais um presente.
– Será a primeira vez que vamos a um estádio juntos. Acredito que será mais um dia que ficará marcado em nossas lembranças – comenta Valdemar.