Conheça a história da sambista Karinah, que leva o nome de Floripa para todo o país

Sim, nós temos sambista. E das boas! Karinah Werninghaus -que acrescentou recentemente um H no final do nome para marcar nova fase da carreira – se mudou do Paraná para Santa Catarina ainda criança. Aos 34 anos, a cantora se considera catarinense de coração.

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Apaixonada pela cidade, ela elegeu a Praia do Moçambique, Canto dos Araçás e Costa da Lagoa como seus lugares preferidos na Ilha. Hoje, Karinah leva o nome da Capital catarinense para todo o país.

Ela sempre cantou em festivais de shopping, ainda criança. Se apresentou profissionalmente pela primeira vez em 1992, em um festival de música na praia de Barra Velha, quando tirou o segundo lugar. No ano seguinte, voltou ao festival e ficou em primeiro lugar.

Em Floripa, apresentava-se em casas como Praça 11, John Bull, El Divino e na Fenaostra.

Pelo mundo

Com seu carisma, espontaneidade e talento, hoje Karinah faz sucesso pelo Brasil, especialmente no eixo Rio-São Paulo. Prova disto é que depois do lançamento de seu primeiro trabalho, Você Merece Samba, em 2012, participou dos programas Som Brasil, Esquenta e Encontro com Fátima Bernardes, gravou um videoclipe com Carlinhos de Jesus, cantou em uma edição do Brazilian Day, em Portugal, e realizou uma turnê pela Europa.

Respeitada entre os sambistas, Karinah tem no currículo uma série de parcerias especiais. A música de trabalho do seu segundo álbum, Não Mete Essa Não, foi composta por Claudemir, autor de sucessos interpretados por nomes como Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal e Dudu Nobre.

Em uma conversa com a reportagem do Hora de Santa Catarina, a sambista mostrou todo seu respeito pelo Carnaval de Florianópolis e pelas escolas de samba da cidade.

– Minha paixão é o samba e as escolas que desfilam no Carnaval. Inclusive, quero mandar um recado pras escolas como alguém que admira e respeita tudo que construíram no decorrer da sua história. Não deixem que outras pessoas tomem a frente de tudo por vocês, o samba é do povo, é que nem o arroz com feijão, é de todo dia. Então, a comunidade sambista tem que se unir pra brigar pelo que querem.

Confira a entrevista:

Hora – Como o samba entrou na sua vida?

Karinah – Tinha um tio avô que era caminhoneiro. Sempre que ele viajava trazia fitas K7, entre elas, Clara Nunes, Gonzaguinha. E ainda muito pequenininha já aprendi a sambar com as minhas primas. Nos saraus familiares eu já gostava de cantar samba. Acho que foi por aí que começou a minha história no samba.

Hora – Quais são as suas referências musicais e inspirações?

Karinah – Eu ouço desde Elza Soares, Elis Regina, Gal Costa, Exaltasamba, Xande de Pilares, Arlindo Cruz, que eu admiro muito. Eu gosto de ouvir de tudo.

Hora – Você acrescentou um H no final do novo pra marcar uma nova fase da sua carreira. Como você definiria esta nova fase?

Karinah – Acrescentei, sim, o H no nome porque eu acho que tudo que vem pra somar tá valendo. (Risos)

Hora – Você tem parcerias de peso no seu currículo, como Arlindo Cruz e Péricles. Como elas surgiram?

Karinah – Mais que parceiros, eu tenho amigos. E isso começou naturalmente, quando fui gravar meu disco de samba no Rio de Janeiro. Foi Leandro Sapucahy quem me apresentou esses mestres compositores. Depois, através do escritório que administra minha carreira, conheci Péricles e já fizemos alguns trabalhos juntos.

Hora – Você acompanha o Carnaval de Floripa? Dá tempo?

Karinah – Acompanho o Carnaval de Floripa quando posso. Já fui mais fiel. Tenho muito carinho pelos grandes compositores, pela Velha Guarda da Copa Lord, Gazu, do Dazaranha. Mas a minha paixão mesmo é o samba e as escolas de samba no Carnaval.

Hora – E o que você recomenda aqui na Ilha da Magia?

Karinah – Tem um lugar especial que gosto muito, é a Praia do Moçambique. Adoro o projeto Tamar, na Barra da Lagoa, sempre que posso levo as crianças da família pra lá. E a Costa da Lagoa também. Pego aquele barquinho, atravesso a Lagoa da Conceição. Lá tem restaurantes incríveis e sempre podemos ficar perto da natureza. Canto dos Araçás eu também adoro.