Não é apenas de música que se faz um festival. No último andar do prédio da Scar, que serve de casa aos participantes do Festival de Música de Santa Catarina (Femusc), uma cozinha ativa acrescenta à dieta musical de alunos e professores saborosos cardápios da gastronomia brasileira. Com um rotina intensa de aulas, ensaios e apresentações, a comida prontinha é recebida de bom grado pelos alunos, que ganham café da manhã, almoço e jantar na própria Scar.

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Claudio Roncaglio faz a gestão da cozinha do Femusc desde o primeiro ano do festival. Proprietário do restaurante da Armalwee, ele ativa sua equipe de eventos para servir aos participantes. São 12 pessoas que garantem as três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. O cardápio é eleito para ser completo, diversificado e atender a todos os públicos, incluindo vegetarianos e veganos. Saladas, legumes, batata, macarrão e carnes estão na lista de alimentos servidos. O brasileiríssimo arroz e feijão também não fica fora – e conquista mesmo gente de outros países.

Tobias Aan, 19, é australiano e participa pela primeira vez do Femusc. Seu amigo Victor Avila Luvsangenden, 20, é do mesmo país e integra pelo segundo ano o evento. O feijão preto com arroz, que é raro na Oceania, foi aprovado pela dupla, que sempre se serve da mistura. Para eles, porém, o destaque das refeições é a diversidade: legumes e saladas variados, opções de pratos quentes e acompanhamentos. Em sua terra natal, o mais comum é ter apenas o prato principal para as refeições. Além disso, lá é o jantar a principal refeição do dia. Aprendendo o que é uma mandioca ou um frango à passarinho, eles admitem que a única receita que levariam de volta para a Austrália não é de comida: foi a caipirinha que realmente conquistou os australianos.

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Diversidade de pratos

O argentino Carlos Morán também destacou a diversidade como um dos pontos positivos da comida femusquiana. Os cortes de carne, porém, diferentes de seu país natal, foram recebidos com certo estranhamento. Apesar de achar que os brasileiros carregam no sal e utilizam muito a fritura, ele confessa que um dos pratos que mais lhe chamaram a atenção não é um exemplo de saúde: é a tradicional coxinha de frango, que poderia voltar na mala junto ao jovem pianista.