A cervicite é uma inflamação no colo do útero que acomete mulheres com faixa etária entre 18 e 25 anos. A inflamação pode ser causada por bactérias naturais da flora vaginal ou bactérias transmitidas por meio de relação sexual desprotegida. Geralmente, a cervicite não apresenta sintomas, por isso é aconselhado realização de exames ginecológicos periódicos para o diagnóstico e o tratamento da inflamação. Pois, se não for tratada precocemente, pode colocar em risco a saúde feminina, provocando até infertilidade.

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De acordo com a ginecologista e obstetra Denise Gomes, diretora médica da Plena Clínica, a cervicite pode ser classificada em aguda e crônica.

– A crônica pode ser detectada por meio de um material colhido para a leitura e análise. Já a aguda só é diagnosticada por meio de exames ginecológicos. Por isso, é importante realizar periódicos como o papanicolau para identificar o problema e tratar – explica.

A maioria das mulheres com o problema não apresenta sintomas e, normalmente, eles são indefinidos dificultando ainda mais o diagnóstico da inflamação.

– Em alguns casos, é possível notar uma secreção vaginal purulenta, dor intensa no baixo ventre, febre, desconforto ao urinar e sangramento durante a relação sexual – afirma a médica.

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Afinal, como se adquire a cervicite?

A bactéria é a principal causa da cervicite, por meio da proliferação desregulada da flora vaginal ou pelo contágio em relações sexuais. As infecções Clamydia Tracomatis ou Neiserriae Gonorreae são as mais frequentes e responsáveis pela grande parte dos casos de cervicite.

– Sensibilidade aos produtos químicos como espermicidas e o látex das camisinhas, múltiplos parceiros sexuais e hábitos de higiene incorretos favorecem o desenvolvimento da inflamação. Além disso, a gravidez e o uso de anticoncepcionais também podem desencadeá-la – diz Denise.

Como se dá o tratamento

A melhor maneira de se proteger contra a cervicite é por meio de exames periódicos, como o Papanicolau, que consegue identificar o agente provocador da inflamação.

– O ideal é fazê-lo sempre que for a uma consulta ginecológica para que o organismo seja monitorado com frequência. Caso o resultado do exame aponte alguma irregularidade, inicia-se imediatamente o tratamento adequado – acrescenta.

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Dependendo do nível de cervicite, é recomendado o uso de antibióticos e restrição sexual. Lembrando que o parceiro também deve ser analisado caso o diagnóstico da inflamação seja comprovado.

Aposte na prevenção

Manter bons hábitos de higiene, alimentação equilibrada e pratica de exercícios físicos ajudam a melhorar a saúde e aumentar a imunidade do organismo.

– Todas as mulheres que estão na faixa etária entre 18 e 30 anos e já têm vida sexual ativa, devem consultar o médico e realizar exames periodicamente para evitar o aparecimento de cervicite e demais infecções – aconselha a ginecologista.