O Congresso venezuelano aprovou nesta quinta-feira, com o mínimo exigido de votos, a primeira de duas votações para dar superpoderes ao presidente Nicolás Maduro, mergulhado em uma “guerra econômica” contra a “burguesia e o imperialismo”.

Continua depois da publicidade

A três semanas de cruciais eleições municipais e em meio a uma economia abatida por uma inflação anual de 54%, escassez de divisas e problemas de abastecimento de alguns produtos básicos, Maduro quer governar por decreto durante um ano, em temas vinculados à economia e à corrupção.

Em uma sessão que se prolongou por quatro horas, marcada por gritos e insultos entre governo e oposição, os deputados chavistas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o Partido Comunista Venezuelano e aliados menores conseguiram os 99 votos – mínimo exato para aprovar a chamada “Lei Habilitante”.

Na Venezuela, a Constituição requer três quintos de todos os membros da Câmara para aprovar esse tipo de decisão e, agora, o pedido de superpoderes deve ser tratado em uma segunda leitura na próxima terça, dia 19.

Continua depois da publicidade