Os motoristas que usam a Rua Guanabara para sair da zona Sul e chegar à região central de Joinville precisam ter paciência no início da manhã. O trânsito é intenso e há formação de filas nas primeiras horas, principalmente no trecho do bairro Fátima. O mesmo problema acontece no sentido inverso durante o fim da tarde.

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A Rua tem 3,3 quilômetros de extensão e passa pelos bairros Itaum, Guanabara e Fátima. É uma importante ligação entre os bairros da zona Sul com a região central. No entanto, moradores reclamam do tempo que levam para fazer o percurso durante a semana.

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Um servidor público, que não quis se identificar, mora na região e passa todos os dias pela rua Guanabara. Ele conta que já ficou quase uma hora na fila para percorrer o trecho de um quilômetro, da esquina com a Rua Fátima até a conexão com a Rua Santo Agostinho, que dá acesso as pontes do Trabalhador e Mauro Moura.

— O trânsito é intenso o dia inteiro, principalmente nos horários de pico porque junta pessoas de todos os lados. Uma alternativa é a Rua Florianópolis, mas lá também fica tudo parado — conta.

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Segundo ele, a construção da Ponte Joinville – ligando o bairro Adhemar Garcia ao Boa Vista – ajudaria a desafogar o trânsito na região. Porém, a Prefeitura tem o planejamento de lançar a licitação da obra apenas no segundo semestre do próximo ano.

Cansado de perder tempo parado no trânsito, o aposentado Valtamir Voltolini, 62 anos, já evita passar pela rua durante o pico. Ele relata que os motoristas com horário marcado para chegar aos compromissos precisam se programar e sair com antecedência.

Alternativas para evitar filas

Já outros apelam para alternativas para tentar evitar a fila e não se atrasar. A vendedora Micheli Zanoni, 31 anos, sai de casa com o aplicativo aberto no celular para se informar das condições do trânsito. Ela conta que costuma usar uma rua de saibro, paralela à Guanabara, para cortar parte da fila e sair mais à frente. O problema é nos dias de chuva, em que a via fica cheia de lama.

A prefeitura informou que a Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável está preparando estudos de planejamento viário no entorno das Ruas Guanabara, Monsenhor Gercino e Florianópolis. Nessas análises é avaliado a quantidade de veículos que passam pelas vias e depois testados vários cenários de mudanças, com a escolha do melhor modelo. Segundo o município, mudanças devem ser executadas ao longo do próximo ano. As três vias são as principais ligações da zona Sul com o Centro.

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Trilho de trem preocupa motoristas

A Rua Guanabara é cortada por um trilho de trem próximo à esquina com a Rua Monsenhor Gercino, no bairro Itaum. A existência da estrutura no local já incomoda os moradores e motoristas que passam pela região. No entanto, o maior problema são os buracos na divisória do trilho com o asfalto, que acabou desgastando.

O comerciante José Roberto Cidral, 55 anos, trabalha há dois anos próximo do local e precisa passar pelos trilhos todos os dias. Segundo ele, os buracos surgiram há meses e ainda nada foi feito para resolver o problema. Com o grande desnível, o motorista conta que os carros reduzem muito a velocidade para ultrapassar os trilhos, formando uma fila grande nos horários de pico.

— Isso é uma vergonha. Se o motorista não passar devagar por aqui, quebra a suspensão do carro e estraga os pneus. Teria de ser feito igual ao da rua São Paulo (onde também passa o trilho), em que o desnível natural existe, mas muito menor do que está aqui — defende.

O motorista Valmor de Souza, 69 anos, mora em uma casa que fica a poucos metros do trilho. Ele conta que já houve casos em que carros quebraram após passar pelo desnível e ele precisou sair de casa para ajudar a tirar o veículo do meio da rua. Para ele, a solução seria consertar os buracos para melhorar a situação.

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Já a moradora Felícia de Souza, 71 anos, diz que se não for possível retirar os trilhos, ao menos seria necessário colocar um semáforo na esquina com a Rua Monsenhor Gercino para reduzir a velocidade dos carros.

A prefeitura afirmou que a linha férrea é uma faixa de domínio federal e o encaixe do asfalto é de competência da concessionária do transporte.

Confira o raio-x com a situação da rua Guanabara: