Confusão volta a ser a marca de sessão na CPI dos Táxis

Antes de começar o terceiro depoimento da tarde desta quinta-feira, a permissionária Lindaura Ruth Ferreira pediu para ser ouvida em sigilo. No entanto, o advogado Orlando Antônio Rosa Junior, que representa Isaías Gomes dos Santos, se recusou a deixar a sala, excedendo-se e ao afirmar que ninguém o tiraria.

O presidente da CPI, vereador Guilherme Pereira (PSD), ordenou a retirada do advogado que só saiu depois que a Guarda Municipal foi chamada para retirá-lo.

O conflito entre vereadores e advogado começou antes do início da sessão, quando Orlando fez uma piada com o dia da pizza, que foi na última quarta-feira.

– Ele fez piada de que quando a CPI acabasse iria convidar todos os vereadores para um rodízio de pizza – disse o relator da comissão, vereador Tiago Silva (PDT)

O advogado não nega ter feito uma piada, mas diz que não foi dessa forma.

– Disse “Eu vou rogar uma praga para vocês. Ontem eu comi uma pizza e toda vez que eu comer eu vou lembrar dessa CPI” – falou, afirmando que fazia uma referência ao dia comemorativo do tradicional prato italiano.

Nos dois primeiros depoimentos, o intimado não compareceu. Joaquim Rogério de Mattos, presidente do Sindicato dos Taxistas de 2002 a 2007, não justificou a ausência. Joaquim já foi ouvido pela CPI, mas foi convocado novamente para dar mais explicações.

A segunda depoente, Iraci Silvano Rios, acusada de arrendar táxis para o empresário Isaías Gomes dos Santos, também não esteve presente, mas foi representada pelo advogado de Isaias, que explicou que a depoente tem 83 anos e que por isso não pode comparecer.

Segundo o vereador Guilherme Pereira a presença do advogado nas sessões só era permitida sem que ele se manifestasse, determinação que diversas vezes não foi cumprida.

Nesta quinta-feira, porém, as intervenções de Orlando Rosa Junior foram consideradas ofensivas aos vereadores e ao trabalho realizado pela CPI, avaliou o presidente. Por este motivo, o presidente da CPI decidiu pela retirada do advogado.

Depois da confusão, a pedido de Orlando Rosa Junior, o Presidente da Comissão de Prerrogativas, Defesa e Assistência do Advogado da OAB/SC, Dr. Rycharde Farah, chegou à Câmara de Vereadores para intermediar a situação. No entanto, o advogado não conseguir voltar a acompanhar a sessão.

Nesta sexta-feira, a partir das 14 horas estão previstos mais dois depoimentos. O primeiro depoente, que não teve o nome divulgado, já se manifestou solicitando que a sessão ocorra em sigilo.