Era para ser o grande jogo do Inter-SM na temporada. A partida para confirmar a sua permanência na primeira divisão e encaminhar a classificação às quartas-de-final da Taça Fábio Koff. Mas acabou virando o jogo da confusão. Depois de 44 minutos de bom futebol contra o Veranópolis, uma expulsão e uma ação, no mínimo, exagerada do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar mudou o rumo da partida que acabou suspensa pela arbitragem.

Continua depois da publicidade

A partida estava no intervalo, com placar de 1 a 1, e foi encerrada pelo árbitro Rogério Gonçalves após uma confusão que ocorreu entre jogadores e policiais que faziam a segurança no campo. Cinco jogadores do Veranópolis – Ademir, Diego Corrêa, Marília, Kito e Dinei – teriam sido atingidos por gás lacrimogênio da Brigada Militar e foram para um hospital na cidade de Santa Maria.

Empate, expulsão e confusão

Ainda no 1º tempo, dois minutos depois do empate, o meia Miro Bahia acertou uma cotovelada no zagueiro Linno. O auxiliar denunciou o jogador do Veranópolis pela agressão, que acabou sendo expulso pelo árbitro Rogério Gonçalves. Aí começou a confusão. Os jogadores da equipe da Serra partiram para cima da arbitragem, ao que o Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar respondeu entrando em campo com escudos, cacetetes e spray de pimenta.

Uma rajada do gás foi disparada em direção aos atletas do Veranópolis. Os cinco jogadores caíram no chão e, em seguida, foram levados pela ambulância para o hospital, sob protesto do médico colorado Anibal Rolim, que garantiu que se tratava de uma encenação. A essa altura, o árbitro Rogério Gonçalves já tinha determinado o encerramento do primeiro tempo. Mas a confusão estava longe de terminar.

Continua depois da publicidade

O presidente do Veranópolis, Gilberto Generosi, foi até a arbitragem e informou que o seu time não tinha condições para voltar para o segundo tempo, pois cinco jogadores estavam em observação no hospital, sendo Diego o caso mais grave. O árbitro Rogério Gonçalves aguardou o tempo regulamentar de 30 minutos e depois disso encerrou a partida.

Em seguida, Generosi e o presidente do Inter-SM, Carlos Rempel, iniciaram uma negociação para jogarem os 45 minutos restantes hoje. E, com a interferência do presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, o final da partida foi marcado para às 20h, com portões abertos no Estádio Presidente Vargas, contra a vontade do Inter-SM.

– Se tivermos de jogar sem olhar o vídeo para ver o que houve na confusão, vai ser uma grande sacanagem. Quem não quis jogar foi o Veranópolis – reclamou o técnico Jorge Anadon.