A confusão envolvendo torcedores de JEC, Paysandu e Remo teria começado antes da briga generalizada registrada em um bar de Joinville no último domingo (20). Imagens mostram um início de confronto na frente de um supermercado, além de troca de provocações por um aplicativo de mensagens.
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A briga aconteceu em um bar do bairro Aventureiro, onde torcedores de Paysandu e Remo assistiam ao clássico paraense pelo campeonato estadual. Um vídeo mostra o momento em que um grupo invade o local e começa as agressões.
Nesta terça-feira (22), a NSC TV teve acesso a novas imagens de uma confusão entre os torcedores na entrada de um supermercado, cerca de meia hora antes da briga no bar.
O vídeo mostra que um torcedor com a camisa do Paysandu é cercado por torcedores com uniforme do JEC e da torcida organizada União Tricolor. Um segurança do estabelecimento consegue conter a confusão e o torcedor paraense entra novamente no mercado. Já o grupo de joinvilenses é orientado a deixar o local.
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Segundo a Polícia Civil, algumas horas antes as torcidas teriam trocado provocações por aplicativo de mensagens e até marcado o local para a briga. A postagem é uma das evidências que serão analisadas durante as investigações.
A delegada Geórgia Bastos, responsável pelo inquérito, começou a ouvir as testemunhas para tentar identificar os participantes da briga. A polícia descartou a hipótese de tentativa de homicídio e trata o caso como lesão corporal.
Um torcedor do Paysandu foi ferido durante a briga e levado ao hospital. Ele permanece internado em estado grave e precisou ser transferido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal São José.
União Tricolor foi ouvida pela Polícia Civil
A delegada informou à NSC TV que o presidente da torcida organizada União Tricolor foi ouvido na manhã desta terça-feira. Segundo ela, o representante não reconheceu nenhuma das pessoas envolvidas na briga.
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– Ainda não podemos afirmar que [os envolvidos na briga] são membros ativos da torcida organizada – ressaltou Geórgia.
O presidente também disse à delegada que tomou conhecimento de uma provocação entre torcedores por um aplicativo de mensagens. Geórgia diz que agora investiga quais as pessoas que faziam parte dessa conversa.
– Estamos focados nos protagonistas da discussão, em identificar os envolvidos na briga e trazer uma resposta para a população sobre esse fato – destacou.
Quem tiver informações sobre o caso ou possíveis envolvidos no crime podem entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 181 ou pelas redes sociais.
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Torcida organizada publica nota sobre o caso
A diretoria da União Tricolor publicou nas redes sociais uma nota sobre o caso. Eles afirmam que, no momento da briga, a diretoria e os associados da torcida organizada estavam em Jaraguá do Sul após ter acompanhado o jogo entre JEC e Próspera pelo Campeonato Catarinense.
A União Tricolor diz que desconhece qualquer ato que pode ter sido realizado pelos membros da entidade e não acredita no envolvimento dos integrantes na briga generalizada. A diretoria afirmou que contribui com a Polícia Civil para identificação dos envolvidos que poderiam estar usando roupas da torcida organizada.
A diretoria destacou que os acessórios e roupas da União Tricolor são vendidos para qualquer torcedor ou simpatizante da torcida, não tendo controle sobre os atos que possam vir a ser cometidos por essas pessoas. O comunicado ainda esclarece que todos os membros da União Tricolor são identificados no cadastro da Polícia Militar.
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