Uma pessoa foi baleada e outras 13 sofreram agressões, entre elas dois policiais militares, em confrontos ocorridos após a manifestação dos profissionais de educação no centro do Rio de Janeiro, na noite de terça-feira.
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O baleado, que não teve a identidade revelada, foi encaminhado para a Clínica São Vicente, na Gávea, passou por uma cirurgia para retirar a bala alojada no braço direito e, segundo a assessoria de imprensa da clínica, passa bem.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que 11 pessoas deram entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, com ferimentos leves, receberam atendimento e foram liberadas.
Os dois policiais militares feridos foram encaminhados para o hospital da corporação, no Estácio, zona norte da cidade. A Polícia Militar informou que eles tiveram ferimentos leves e foram liberados depois de receberem os primeiros socorros.
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A Polícia Civil ainda não informou o número de pessoas detidas nos confrontos com a Polícia Militar na noite de ontem, mas, de acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), pelo menos 208 atendimentos foram feitos em delegacias do centro e de bairros vizinhos.
Em São Paulo, protesto terminou de madrugada
A manifestação na capital paulista deixou um saldo de 56 pessoas detidas, além de lojas e agências bancárias depredadas por black blocs, depois de um confronto com a Polícia Militar. Todos foram encaminhados ao 14º Distrito Policial, em Pinheiros, e liberados em seguida. Quatro policiais ficaram feridos e a PM não soube informar quantos manifestantes se machucaram.
O ato ocorreu em defesa da educação pública no Estado e foi promovido por alunos de três entidades públicas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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Houve confronto quando um grupo atirou pedras e morteiros contra policiais, informou a PM. Os policiais revidaram com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. A PM não confirmou uso de balas de borracha.
A Estação Butantã do metrô, da Linha 4-amarela, também foi danificada. Ônibus da Via Quatro foram pichados e quebrados. Cinco agências bancárias também foram parcialmente destruídas, duas do Itaú, uma do Bradesco, uma da Caixa Econômica Federal e uma do Banco do Brasil. Três veículos foram quebrados.
Os policiais acompanharam cerca de 80 manifestantes que seguiriam até o interior da USP e pararam em frente à reitoria da universidade, ocupada por alunos desde o dia 1º de outubro. Segundo a PM, o protesto terminou às 3h.
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