Pelo menos 70 pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (30), em Caracas, capital da Venezuela, durante manifestações em apoio a uma rebelião militar contra o presidente Nicolás Maduro. Dois teriam sido baleados. As informações são dos serviços de saúde, segundo a AFP.
Continua depois da publicidade
A imprensa local afirma que há um terceiro ferido por arma de fogo nos protestos. Já o governo denunciou que um militar leal a Maduro também foi baleado.
Nas primeiras horas desta terça, os líderes da oposição Juan Guaidó e Leopoldo López deram início a uma ação para tentar derrubar o regime de Maduro. López, que estava em prisão domiciliar, foi para a rua ao lado de Guaidó. Ambos se dirigiram para a base aérea de La Carlota, em Caracas, onde anunciaram o apoio de militares dissidentes e convocaram a população a se juntar a eles.
Maduro, no entanto, disse que as Forças Armadas do país seguem leais a ele e convocou uma manifestação popular em apoio a seu governo.
A situação na Venezuela repercutiu no mundo. Líderes de países se pronunciaram. O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou aplicar um embargo "total" a Cuba, e com sanções, se não puser fim a seu apoio ao presidente venezuelano.
Continua depois da publicidade
Trump escreveu no Twitter, destacando a palavra "pararem": "Se as tropas cubanas e as milícias não PARAREM imediatamente as operações militares e de outro tipo com o propósito de provocar a morte e a destruição da Constituição da Venezuela, vamos impor um embargo pleno e total junto com sanções de alto nível".
Segundo o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, Maduro estava pronto para deixar a Venezuela e seguir para Cuba, mas foi dissuadido pela Rússia.
— Ele tinha um avião na pista, estava pronto para ir embora esta manhã (terça), pelo que sabemos, e os russos disseram a ele que deveria ficar — disse Pompeo, em entrevista à CNN.
