Pelo menos 31 pessoas morreram em confrontos entre as forças de ordem e uma milícia no centro da República Democrática do Congo, cenário do início de uma nova rebelião contra o governo central.
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Segundo as autoridades, policiais e soldados teriam enfrentado entre a sexta-feira e o domingo a milícia de um antigo chefe tradicional local na região de Tshikapa, capital da província de Kasai.
Os combates deixaram “13 mortos e 14 feridos entre as forças de ordem”, declarou na segunda-feira à TV pública Hubert Mbingho N’Vula, vice-governador de Kasai, e “18 mortos” entre os milicianos.
Segundo a última versão oficial, os confrontos teriam estourado após um conflito de sucessão entre um chefe tradicional e seu tio. Em Kasai, região isolada e particularmente subdesenvolvida, os chefes tradicionais têm potestade para atribuir terras à população.
Embora na segunda-feira ainda fosse difícil estabelecer o desenrolar dos acontecimentos que levaram ao conflito, acredita-se que os milicianos teriam conseguido neutralizar o grupo de soldados e policiais enviados à região para restabelecer a ordem.
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Em seguida, vários policiais e militares teriam sido “massacrados com arma branca” pelos combatentes, que teriam pego as armas de membros das forças de segurança, segundo uma fonte administrativa local.
Os confrontos de Tshipaka coincidem com um clima político tenso no país a duas semanas do fim do mandato do presidente congolês Joseph Kabila, em 20 de dezembro.
A crise política que o país atravessa desde a contestada reeleição de Kabila em 2011 foi agravada pelo atraso das eleições presidenciais e legislativas que deveriam ter sido celebradas este ano.
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