Todo o cuidado será pouco para receber a Seleção Brasileira em Belo Horizonte. O cenário para a partida México e Japão foi trágico.

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Cerca de 60 mil manifestantes (segundo a Polícia Militar) se dirigiram para o entorno do Mineirão e grupos tentaram invadir a área delimitada pela Fifa. O exército também tomou posição de defesa nas imediações.

A partir daí, o cenário foi de guerra. A polícia, com gás e spray de pimenta, com a cavalaria e até com um “Caveirão” enfrentou grupos de mascarados que atiravam coquetéis molotov e pedras.

Uma concessionária de carros da Avenida Antônio Carlos foi totalmente destruída. Outros estabelecimentos foram atacados, focos de incêndio tomaram conta da avenida que leva ao Mineirão.

As obras dos BRTs (via de acesso rápido aos ônibus) foram atacadas e destruídas. Duas estações pegaram fogo.

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Um quartel dos bombeiros também foi atacado.

Os vândalos não conseguiram se infiltrar na área protegida porque na área de mata, onde fica a UFMG, havia policiais da Força Nacional de Segurança camuflados.

Até agora, o balanço oficial é de 22 feridos. Entre eles, dois manifestantes caíram de um viaduto. Um deles, com múltiplas fraturas, foi levado em estado grave.

Quatro policiais, um internado com lesão na cabeça, e um fotógrafo também foram atingidos.

Até às 20h20min deste sábado, vários torcedores estavam na área delimitada pela Fifa, sem conseguir deixar o estádio. Muitos choravam em pânico e sem saber o que fazer.

O japonês Hirabayashi Yoshiaki, que veio do Japão para os jogos, estava apavorado:

– Há uma guerra aqui. Estamos apavorados – falou em inglês para a reportagem.