O Irã é uma das maiores potências militares do Oriente Médio com mais de 500 mil militares na ativa e, nas últimas décadas, o país desenvolveu um grande arsenal de mísseis de precisão e de longo alcance, capazes de atingir alvos a mais de 2 mil quilômetros de distância, incluindo Israel. Por isso, o conflito entre Irã e Israel provoca extrema preocupação internacional, em função do grande poderio militar dos dois países e do ataque com drones feitos pelo Irã a Israel neste sábado (13). As informações são do g1.
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Irã e Israel estão entre as maiores potências bélicas do Oriente Médio. Mas uma das principais estratégias iranianas foi aumentar o poder de fogo, sem colocar em risco o próprio território. E por isso ajudou a construir forças regionais com grupos armados em Gaza, no Líbano, no Iraque, na Síria, e no Iêmen, que nos últimos meses lançaram ataques diretos contra Israel.
Grande poderio bélico
“O Irã tem três vezes o tamanho do exército de Israel em termos de tropas de soldados, e uma marinha extremamente poderosa. Israel controla o céu do Oriente Médio, mas o Irã tem também uma forte força aérea. O Irã tem o programa nuclear bastante desenvolvido e, em março do ano passado, dizia que estava enriquecendo urânio a 83%. Ou seja, muito próximo de chegar ao nível de 90% para fazer uma arma nuclear. Israel tem 90 ogivas nucleares que podem ser usadas no caso de um ataque existencial”, disse o professor de estudos estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vitelio Brustolin, à GloboNews.
Pelos cálculos da imprensa israelense, um míssil balístico iraniano poderia levar cerca de 12 minutos para chegar a Israel. Enquanto um míssil de cruzeiro, duas horas. Já um drone kamikaze – do tipo que foi lançado na noite desse sábado – nove horas.
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O que é o Domo de Ferro e como funciona?
O primeiro ministro israelense falou que o país já vinha se organizando para um confronto direto com o Irã e que as Forças Armadas estariam preparadas para esse tipo de ataque. Para isso, um dos sistemas em operação é o famoso Domo de Ferro, um dos equipamentos de defesa aérea mais sofisticados do mundo.
O Domo de Ferro usa um programa de radares, articulado com mísseis. Ele identifica foguetes inimigos, calcula a velocidade e a trajetória do explosivo e tenta destruí-lo longe de áreas povoadas israelenses.
“O sistema Domo de Ferro é usado contra foguetes. Então, ele pode ser usado inclusive contra ataques de drones. Mas Israel tem um sistema de defesa antiaérea para interceptar misseis que é o sistema Arrow, um sistema que a gente poderia traduzir como flecha ou seta, que é um sistema de defesa aérea Patriot, dos Estados Unidos, com misseis próprios de Israel, especialmente para interceptar mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos”, diz Vitelio.
Israel ainda conta com a ajuda importante de países ocidentais como o Reino Unido, França e, principalmente, os Estados Unidos.
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“Os Estados Unidos têm bases militares no Qatar, no Bahrein, no Kuwait, no Iraque, na Síria e na Jordânia. Além disso, existe ali uma série de embarcações militares que tinham sido deslocadas para entrada do Mar Vermelho para combater os houthis, de uma coalização de dez países comandados pelos EUA”, completa o especialista.
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