As autoridades de saúde chilenas confirmaram nesta terça-feira três casos importados de zika no Chile, que teriam sido contraídos após viagens a Colômbia, Brasil e Venezuela – mas que não representam risco de contágio para o resto da população.

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“Temos três casos não autóctones, são casos importados, o que não agrega nenhum risco à população de nosso país, no Chile continental”, anunciou Carmen Castillo, ministra da Saúde, em coletiva de imprensa.

Os infectados são três homens que viajaram em dezembro a Colômbia, Venezuela e Brasil. Após retornarem ao Chile, foram atendidos em centros médicos onde foi confirmado o contágio que não coloca a saúde dos pacientes em risco.

“O vetor, o mosquito que transmite este vírus, não tem condições de vida no Chile continental”, explicou Castillo.

O número de casos importados poderia subir, mas foi descartado que isso “gere casos secundários”, afirmou, por sua vez, Bernardo Martorell, sub-secretário de Saúde.

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Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou “emergência sanitária internacional” pelo vírus do zika e anunciou a criação de uma unidade global para responder ao aumento de casos registrados. Também manifestou seu temor de que a epidemia se estenda pela África e a Ásia.

A OMS disse que há uma relação “fortemente suspeita” entre o zika e o aumento excepcional na América Latina de casos de microcefalia, uma má-formação congênita em crianças que nascem com cabeça e cérebro anormalmente pequenos.

No continente chileno não houve casos de zika, mas em 2014 um surto do vírus ocorreu na Ilha de Páscoa, que registrou 173 casos. Nenhum caso de má-formação congênita em recém-nascidos foi relatado.

“Nos informaram que, embora tenham havido casos suspeitos, não há um caso confirmado na Ilha de Páscoa”, garantiu a ministra Castillo.

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msa/lm/mm