Três casos da febre chikungunya foram confirmados em Joinville nesta segunda-feira pela Secretaria de Saúde. São os primeiros a serem diagnosticados na cidade, que não registrou nenhum caso no ano passado. Segundo a Prefeitura, os três casos foram importados de outras cidades.
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A Vigilância Ambiental recebeu os resultados dos exames coletados em fevereiro que confirmaram a contaminação pela doença de duas mulheres e um homem. Eles têm entre 33 e 58 anos e contraíram a doença nos estados de Sergipe e Pernambuco.
Desde que houve a suspeita, o caso foi enviado para análise e os pacientes medicados respeitando os protocolos. Eles não precisaram ficar internados, receberam o tratamento e estão fora de perigo.
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Jaraguá tem sete casos de dengue e um de chikungunya identificados
A confirmação de chikungunya em Joinville deixa a Vigilância Ambiental preocupada. A ideia é reforçar o trabalho que está sendo feito e aumentar a conscientização da população para colaborar, já que a melhor forma de evitar a proliferação da doença é eliminar o mosquito.
– Mesmo que a doença não tenha sido contraída aqui na cidade, se algum mosquito fêmea tiver picado a pessoa doente, pode transmitir para outras pessoas. Por isso, pedimos a ajuda de todos para que eliminemos os recipientes e locais com água parada – alertou Nicoli dos Anjos, coordenadora do órgão.
A chikungunya é uma doença infecciosa febril, causada por um vírus, que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O Aedes aegypti também pode transmitir a dengue e o zika vírus. Neste ano, o município tem a confirmação de sete casos de dengue, todos importados, e nenhum paciente com o zika vírus. No ano passado, foram 47 casos de dengue, sendo 36 importados.
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CHIKUNGUNYA
Sinais e sintomas
Febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
Início dos sintomas
De dois a dez dias após a picada do mosquito, podendo chegar a 12 dias. Esse é o chamado período de incubação.
Existem grupos de maior risco?
O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
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Diagnóstico
O vírus só pode ser detectado em exames de laboratório. São três os tipos de testes capazes de detectar o Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real (RT?PCR) e isolamento viral. Todas essas técnicas já são utilizadas no Brasil para o diagnóstico de outras doenças e estão disponíveis nos laboratórios de referência da rede pública.
Tratamento e prevenção
Até o momento não existe um tratamento específico para Chikungunya, como no caso da dengue. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda?se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
Como não existe transmissão autóctone no Brasil, é necessário que o paciente evite deslocamento, utilize medidas de proteção individual e permaneça em repouso durante o período de viremia.
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Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. As medidas que as pessoas devem tomar são exatamente as mesmas recomendadas para a prevenção da dengue.