O Programa de Incentivo ao Plantio de Milho em Santa Catarina, uma iniciativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do estado (Fecoagro) e da secretaria da Agricultura, está confirmado.De acordo com o secretário de Agricultura, Moacir Sopelsa, o estado garante R$ 1 de subsídio por saca. A Fecoagro vai fornecer semente, uréia e adubo e as cooperativas filiadas fornecerão os demais insumos.
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Os agricultores poderão pagar os insumos somente em março de 2017, com a produção. E terão uma garantia de preço, de R$ 34 por saca. As agroindústrias pagarão R$ 38 para as cooperativas, que tem despesa de transporte e estocagem. A Aurora já informou que aderiu ao programa. Outra indústrias estão reticentes pois imaginam que o preço pode ficar menos no próximo ano, o que tiraria competitividade em relação a outros estasos. Já alguns agricultores apostam que o preço poderá ser maior.No ano passado o preço estava em torno de R$ 25 no plantio e, atualmente, chegou a ultrapassar R$ 50 para as indústrias.
Sopelsa disse que o modelo é interessante para a cadeia produtiva pois traz uma garantia para produtor e agroindústria. E o agricultor terá que entregar apenas a produção para pagar custos, que seria em torno de 85 sacas por hectare. O restante poderia comercializar de outra forma. A estimativa é de uma produção de 140 sacas por hectare.
Subsídio é de R$ 14 milhões
Se for atingida a meta de ampliar em 100 mil hectares a área plantada de milho, o programa deve aumentar a produção em cerca de 800 mil toneladas, o que representaria um subsídio de R$ 14 milhões, segundo o secretário de Agricultura, Moacir Sopelsa. Ele afirmou que o Estado perde três vezes mais que isso em isenções para o mesmo volume de milho trazido de outros estados. Santa Catarina consome seis milhões de toneladas do cereal e produz apenas a metade disso.
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Milho por ferrovia
Outra ação para compensar o déficit de milho em Santa Catarina, o que aumenta o custo de produção de carnes e leite, é trazer o produto do Centro-Oeste via a malha ferroviária antiga. A Rumo ALL deve apresentar no dia 30 um estudo com o valor para trazer o milho de Rondonópolis-MT, até Lages. Há possibilidade de transbordo em São Paulo, pela diferença de bitola dos trilhos. Também há alternativa de trazer em contêineres, que podem ser transportados direto do trem para os caminhões.