O programa esportivo dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 não incluirá, definitivamente, torneios de beisebol e softbol, após uma votação do Comitê Olímpico Internacional (COI) prevista para decidir sobre sua readmissão ter sido cancelada por uma questão prévia de procedimento.
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Quarenta e cinco membros do COI, quase a metade dos 110 que compõem atualmente a assembléia, tinham assinado uma carta, dirigida ao presidente Jacques Rogge, para que fosse reaberto o debate sobre os dois esportes.
O beisebol e o softbol tinham sido excluídos do programa de Londres há sete meses, em Cingapura, mas tudo apontava para uma revisão em Turim daquela decisão polêmica e vencida por uma pequena margem de votos.
As complicadas regras da Carta Olímpica, a constituição do COI, dizem que, para incluir na ordem do dia um assunto já decidido numa sessão anterior, deve ser convocada uma assembléia extraordinária.
Por isso, Rogge, após consultar os serviços jurídicos do organismo e para acabar com possíveis recursos, considerou necessário que os membros do COI respondessem primeiro uma pergunta: – Aceitam que esta sessão reconsidere a admissão do beisebol/softbol, ignorando assim as formalidades necessárias para incluir este assunto na agenda da sessão? – isto é, sem convocar uma assembléia extraordinária.
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Apenas se a resposta tivesse sido positiva, a votação à readmissão seria feita.
– Estão de acordo com que o beisebol/softbol seja admitido, sob as condições de que a federação internacional e o comitê organizador de Londres 2012 dêem sua conformidade escrita e que a medida não represente despesas adicionais para o COI? – questionou Rogge.
Mas em nenhum dos casos os membros do COI consideraram ser conveniente pular as formalidades necessárias exigidas pela Carta Olímpica. No caso do beisebol, houve 46 votos contrários e 42 a favor, enquanto a proporção no softbol foi de 47 a 43.
– Entendo a decepção dos defensores destes esportes – disse Rogge, que lembrou que o programa já não voltará a ser revisado até 2009, para as Olimpíadas de 2016.