A classificação para a terceira fase da Copa do Brasil não representou apenas uma injeção de ânimo para as torcidas de Criciúma e de Joinville. Avançar na competição também representa um incremento para as receitas dos dois Tricolores, que puxam a fila dos clubes catarinenses que mais capitalizaram com o torneio nacional.
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Há três diferentes tipos de cotas para os participantes de cada fase da competição. A cota 1 é para os 15 primeiros colocados do ranking nacional de clubes. A cota 2, na qual se encaixava o Avaí, são dos clubes que compõem a Série A. Já a cota 3 se refere a todas as outras equipes, que compreende Criciúma e JEC, além dos já eliminados Figueirense e Brusque.
Se a classificação na Copa do Brasil ainda não representou um alívio para a crise de resultados, pelo menos para o orçamento do JEC a vaga foi muito bem-recebida. O valor total de premiações até o momento é de
R$ 1,245 milhão – aqui, não estão considerados os descontos. E a boa notícia é que há boas possibilidades de buscar um novo prêmio. Se eliminar o Gurupi e chegar à quarta fase, o JEC receberá mais R$ 750 mil.
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De acordo com o diretor financeiro do clube, Alexandre Poleza, o dinheiro chegou em bom momento, o que fará o clube rever o orçamento do mês. Parte dos recursos serão investidos no futebol, enquanto outra parte servirá para pagar dívidas. Hoje, a folha salarial tricolor gira em torno de R$ 450 mil – de acordo com informações do Portal da Transparência do clube. Na teoria, as bonificações representam o pagamento de quase quatro meses de salário.
No Criciúma, o pensamento é semelhante. Além de pagar contas, o incremento na receita foi definitivo para que o clube pudesse trazer o lateral-direito Diogo Mateus e o atacante Silvinho, segundo o presidente Jaima Dal Farra. O custo da folha do clube é mantido em sigilo pelo dirigente, mas ele tem contratado e mantido somente os jogadores que pode pagar.
– Perdemos receita com patrocinador, com sócios também. Não está entrando dinheiro, então esses valores são utilizados para cumprir os compromissos do clube. O Avaí subiu pra Série A, mas estava, até outro dia, com três meses de salário atrasados. A gente preza por pagar tudo em dia, o futebol precisa que todos venham juntos, sem dinheiro fica impossível. Não adianta contratar se não tenho recurso para isso – comentou Dal Farra.
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Também dentro do grupo da cota 3, o Brusque poderia ter enchido os cofres caso tivesse passado pelo Corinthians. Além de não ganhar o montante pela classificação, o time do Vale viu o Timão abocanhar 60% da renda líquida da bilheteria (R$ 177,9 mil), ficando apenas com 40% (R$ 118,6 mil).