Selecionar um grande quarterback no draft é o primeiro passo para ter sucesso na NFL. Não à toa os campeões quase que invariavelmente contam com bons jogadores na posição mais importante do futebol americano. Por isso, o Prime Time apresenta o melhor quarterback selecionado a cada ano desde 2000 — última turma que ainda tem representantes ativos na liga.

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2000. Tom Brady (escolha 199, sexta rodada, New England Patriots)

Desacreditado quando chegou de Michigan, Brady virou titular em 2001 e se tornou um dos maiores quarterbacks de todos os tempos, com direito aos cinco primeiros títulos da história do New England Patriots. Depois dele, outro quarterback de 2000 que teve certo destaque foi Chad Pennington, draftado na primeira rodada, que teve uma carreira sólida por New York Jets e Miami Dolphins.

2001. Drew Brees (escolha 32, segunda rodada, San Diego Chargers)

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Michael Vick foi a primeira escolha pelo Atlanta Falcons e teve uma carreira de altos e baixos, mas Drew Brees acabou sendo o grande nome da turma. Selecionado pelo Chargers com a primeira escolha da segunda rodada, ficou cinco anos em San Diego antes de brilhar de fato no New Orleans Saints, onde se tornou um quarterback de elite e comandou a recuperação da franquia até o título do Super Bowl 44.

2002. David Garrard (escolha 108, quarta rodada, Jacksonville Jaguars)

Garrard foi escolhido apenas na quarta rodada em um draft que teve David Carr (1ª), Joey Harrington (3ª) e Patrick Ramsey (32ª) ainda na primeira. Mesmo assim, construiu uma carreira sólida entre 2002 e 2010 no Jacksonville Jaguars. Se não foi brilhante, se afirmou como um dos dois melhores quarterbacks da curta história da franquia até agora. No fim de carreira, teve problemas com lesões e precisou se aposentar.

2003. Carson Palmer (escolha 1, primeira rodada, Cincinnati Bengals)

Palmer chegou ao Bengals com grande expectativa ao ser a primeira escolha. Mas as lesões atrapalharam a sua caminhada. Ele ainda passou pelo Oakland Raiders antes de finalmente viver o melhor momento da carreira no Arizona Cardinals. A turma de 2003 também não foi das melhores, e o segundo melhor é Rex Grossman, que foi ao Super Bowl 41 com o Chicago Bears, mas perdeu para o Indianapolis Colts.

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2004. Ben Roethlisberger (escolha 11, primeira rodada, Pittsburgh Steelers)

A turma de 2004 foi uma das mais prolíficas em termos de quarterbacks em todos os tempos. Dois deles foram campeões do Super Bowl duas vezes: Eli Manning e Ben Roethlisberger. Mas Big Ben é mais dominante, mais consistente e tem números melhores ao longo da carreira. Philip Rivers também merece uma menção honrosa, apesar de nunca ter sido campeão.

2005. Aaron Rodgers (escolha 24, primeira rodada, Green Bay Packers)

Havia muitas dúvidas sobre a mecânica de passe de Rodgers e sua capacidade de ganhar jogos com o braço — e não apenas com as pernas. Por isso, Alex Smith foi a primeira escolha pelo San Francisco 49ers. Mas os três anos na reserva de Brett Favre serviram para o camisa 12 se transformar em um dos melhores e mais completos quarterbacks de sua era. Com o título do Super Bowl 45 na conta e dois prêmios de jogador mais valioso da temporada, A-Rod comanda um período vitorioso do Green Bay Packers.

2006. Jay Cutler (escolha 11, primeira rodada, Denver Broncos)

Draftado depois de Vince Young e Matt Leinart, já aposentados, Cutler não é um grande quarterback, mas tem uma carreira decente na NFL. Foram três anos no Denver Broncos antes de ser trocado para o Chicago Bears em 2009. O último ano em Denver rendeu a sua única aparição no Pro Bowl.

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2007. Kevin Kolb (escolha 36, segunda rodada, Philadelphia Eagles)

A turma dos QBs de 2007 é, ao lado de 2013, a mais fraca do terceiro milênio. O grande destaque negativo é JaMarcus Russell, considerado o maior bust da história do draft. Brady Quinn também decepcionou. Por isso, o menos pior é Kevin Kolb, que teve momentos decentes no Philadelphia Eagles. Ele ainda passou de forma inconsistente pelo Arizona Cardinals antes de sofrer com concussões e parar como jogador do Buffalo Bills em 2013.

2008. Matt Ryan (escolha 3, primeira rodada, Atlanta Falcons)

Joe Flacco é desta turma e tem um título de Super Bowl, mas Matt Ryan é o melhor quarterback individualmente. O camisa 2 se mostrou ser um franchise quarterback e sempre coloca o Falcons em uma situação confortável na posição mais importante do jogo. Em 2016, consolidou-se entre os melhores da posição, foi o MVP da temporada e levou o Falcons ao Super Bowl, apesar de ter sofrido uma virada histórica para o New England Patriots.

2009. Matthew Stafford (escolha 1, primeira rodada, Detroit Lions)

A turma de 2009 não teve grandes nomes. Matthew Stafford é o melhor deles, com uma carreira prolífica e com números interessantes pelo Detroit Lions — viveu em 2016 sua temporada mais sólida. Os concorrentes não são muito fortes: Mark Sanchez, que chegou a duas finais da AFC pelo New York Jets, mas com atuações individualmente fracas, e Josh Freeman, que foi titular do Tampa Bay Buccaneers até 2013, mas nunca se firmou completamente.

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2010. Sam Bradford (escolha 1, primeira rodada, St. Louis Rams)

Tim Tebow ganhou um jogo de playoff com o Denver Broncos em 2011, contra o Pittsburgh Steelers. Sam Bradford nunca entrou em campo em um jogo de pós-temporada, mas ainda assim é o melhor QB da classe. Ele sofreu com lesões no St. Louis Rams, foi trocado para o Philadelphia Eagles e, antes do início da última temporada, enviado para o Minnesota Vikings. Apesar de nunca ter correspondido às expectativas, foi o novato ofensivo de 2010 e bateu o recorde de percentual de passes completos em 2016.

2011. Cam Newton (escolha 1, primeira rodada, Carolina Panthers)

Jogador mais valioso da NFL em 2015, Cam Newton chegou ao topo, mas teve uma queda de rendimento em 2016. Rosto do Carolina Panthers desde que foi selecionado, é muito superior aos concorrentes: Jake Locker (que sofreu com lesões e já se aposentou), Blaine Gabbert (pouco sucesso por Jaguars e 49ers) e Christian Ponder (terceiro QB do 49ers na temporada passada). A turma até teve mais sucesso na segunda rodada, com o sólido Andy Dalton e Colin Kaepernick, que não é bom mas teve seus momentos e chegou a um Super Bowl com o 49ers. Mas Newton é um nome indiscutível.

2012. Russell Wilson (escolha 75, terceira rodada, Seattle Seahawks)

Andrew Luck ainda parece o quarterback com mais potencial na turma de 2012. Mas, ajudado por uma estrutura pronta à espera de um bom quarterback em Seattle, Russell Wilson saiu da terceira rodada para jogar dois Super Bowls (e vencer um) nos primeiros três anos de carreira. Em cinco anos de carreira, o camisa 3 tem três aparições no Pro Bowl (assim como Luck) e resultados mais expressivos. O novato ofensivo daquele ano foi Robert Griffin III, mas o quarterback se perdeu no Washington Redskins e o primeiro ano no Cleveland Browns foi marcado por uma nova lesão grave.

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2013. Mike Glennon (escolha 73, terceira rodada, Tampa Bay Buccaneers)

Assim como 2007, a turma de 2013 é fraca. O único escolhido na primeira rodada é E.J. Manuel, que não teve a opção de quinto ano exercida e amargou a reserva de Tyrod Taylor nos seus últimos dois anos no Buffalo Bills. Geno Smith não é bom quarterback e viu seu período no New York Jets passar sem destaque. Mike Glennon não conseguiu se afirmar no Tampa Bay Buccaneers e esteve com o time na pior campanha de 2014, mas tem números e apresentações individuais melhores do que os concorrentes — depois de dois anos na reserva de Jameis Winston, deve tentar a sorte em algum lugar que possa brigar por titularidade em 2017. Matt Barkley, selecionado na quarta rodada, teve apresentações medianas no Chicago Bears depois de passar sem qualquer chance por Philadelphia Eagles e Arizona Cardinals.

2014. Derek Carr (escolha 36, segunda rodada, Oakland Raiders)

A turma de 2014 teve bons nomes. Selecionados na primeira rodada, Blake Bortles e Teddy Bridgewater tiveram inícios de carreira interessantes — mas Bortles padece com interceptações, enquanto Bridgewater sofreu uma lesão muito grave no joelho que pode impedir o retorno ao mesmo nível anterior. A única decepção clara é Johnny Manziel, que teve muitos problemas extracampo e está sem time após ser cortado pelo Cleveland Browns. Mas o melhor de todos por enquanto é Derek Carr, selecionado na segunda rodada. Em três anos, já se mostrou capaz de elevar o nível do Oakland Raiders com um estilo de jogo parecido ao de Aaron Rodgers — e chegou a ser cotado para o prêmio de MVP em 2016. É um dos jovens líderes do time com Amari Cooper e Khalil Mack, grupo que levou o Raiders aos playoffs.

2015. Jameis Winston (escolha 1, primeira rodada, Tampa Bay Buccaneers)

Ainda é cedo para definir um julgamento na classe de 2015, mas Jameis Winston teve um desempenho levemente melhor nas duas primeiras temporadas na comparação com Marcus Mariota. Apesar do início melhor de Mariota pelo Titans, que incluiu uma vitória exatamente sobre o Buccaneers de Winston na semana 1 de 2015, o camisa 3 foi eleito o novato ofensivo do ano e eleito para o Pro Bowl no ano de calouro.

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2016. Dak Prescott (escolha 135, quarta rodada, Dallas Cowboys)

Em 2016, três quarterbacks foram draftados na primeira rodada: Jared Goff (1, Los Angeles Rams), Carson Wentz (2, Philadelphia Eagles) e Paxton Lynch (26, Denver Broncos). Christian Hackenberg, Jacoby Brissett, Cody Kessler e Connor Cook ainda foram selecionados antes de Dak Prescott. Mas foi o camisa 4 do Dallas Cowboys quem mereceu os louros de melhor quarterback da classe, pelo menos no primeiro ano em disputa. Ele aproveitou a lesão de Tony Romo, virou titular em Dallas e comandou uma incrível campanha de 13 vitórias — recorde para um quarterback novato. Prescott foi eleito para o Pro Bowl e o novato ofensivo do ano.