As profissões de alimentador de linha de produção, faxineiro e assistente administrativo foram responsáveis por quase metade dos postos de trabalho abertos em Joinville no ano passado. Juntas, as três ocupações criaram 2.726 das 5.588 vagas entre janeiro e dezembro, 48,78% do saldo positivo de empregos. Já os cargos de supervisor administrativo, operador de máquinas e vigilante tiveram os maiores fechamentos no mesmo período.
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Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e resultam da diferença entre as 81,9 mil admissões em relação aos 76,3 mil desligamentos informados no município em 2017. A cidade foi campeã nacional na geração de postos de trabalho no período, apesar de ainda não ter reposto parte importante do saldo perdido nos últimos dois anos, quando houve 13.256 vagas negativas.
Na liderança do saldo, apareceram os alimentadores de linhas de produção, com 1.361 novos postos _ total 11% maior do que um ano antes _ quando a profissão também liderou a abertura de espaço no mercado de trabalho. O destaque, no entanto, ficou por conta do setor de limpeza e conservação, que teve crescimento de 234% de um ano para o outro. O desempenho fez com que a função de faxineiro passasse da terceira para a segunda colocação na geração de novas vagas: 313 criadas em 2016 ante 1.045 no ano passado.
Por outro lado, das carreiras com maior fechamento de empregos com carteira assinada, o cargo de supervisor administrativo permaneceu com saldo negativo. Isso apesar de ter perdido seis vagas a menos que um ano antes. Foram 141 postos fechados, pulando da sexta para a primeira colocação entre as profissões com resultado em baixa. Na sequência apareceram as posições de operador de máquinas fixas (em geral), com 134 vagas a menos, e vigilante, 114.
Líder no saldo negativo em 2016 em decorrência principalmente da crise no setor da construção civil, a profissão de pedreiro começou um processo de recuperação em 2017. Enquanto há dois anos foram 252 empregos perdidos, no ano passado houve saldo negativo menor, de 62 postos de trabalho. Entre as modalidades de pedreiro de conservação de vias permanentes, material refratário e de edificações, o saldo negativo foi superado: enquanto em 2016 foram fechadas 33 colocações no mercado, no ano passado o saldo positivo chegou a 28 empregos.
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Jovens têm melhor resultado
Os jovens de 18 a 24 anos tiveram o melhor balanço positivo no saldo do emprego no ano passado, quando consideradas todas as faixas etárias dos trabalhadores joinvilenses. De sete grupos, variando entre adolescentes até os 17 anos e idosos acima dos 65, as pessoas com idades entre 18 e 24 anos ganharam 4.596 novas vagas. Resultado de 25.457 contratações contra 20.899 demissões em 12 meses.
O saldo positivo é melhor que o alcançado em 2016, ano em que os trabalhadores nesta faixa etária tiveram 1.683 novas vagas. O crescimento de postos de trabalho também ocorreu entre o público até os 17 anos, com 1.542 aberturas de função em 2017, que se traduz no segundo melhor salto por média de idade. Um ano antes eram 1.192 novos empregos registrados para essa faixa.
Em contrapartida, nos dois últimos levantamentos anuais aqueles com idade entre 50 e 64 anos, proporcionalmente, tiveram maior saldo negativo no comparativo das admissionais e dos desligamentos. O saldo foi de 1.444 perdas de postos de trabalho em 2017 (5.283 contratações X 6.727 demissões), além de outros 2.477 lugares perdidos um ano antes.
Com mais perdas do que ganhos em 2016, os joinvilenses dos 25 a 29 anos e dos 30 aos 39 anos reverteram a situação no acumulado de janeiro a dezembro último. O primeiro grupo saiu do saldo negativo de 548 vagas para ganho de 588 postos de trabalho, o segundo, passou de menos 1.223 para 560 novas colocações de um período ao outro.
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Maioria das vagas para homens
Conforme mostra o Caged, a proporção de homens tanto nas admissões quanto nas demissões corresponde a pouco mais da metade do total de empregos em dois anos. A média de ocupação e desocupação por pessoas do sexo masculino varia entre 53% e 54%. Quanto a composição das novas vagas em 2017, 58% foram preenchidas por eles, 3.250 versus 2.338, respectivamente.
Em números, ano passado, dos 81.941 trabalhadores admitidos com carteira assinada, 44.140 eram homens e 37.801, mulheres. Já dos 76.343 demitidos, 40.890 correspondiam ao sexo masculino e outros 35.463 ao sexo feminino. Um ano antes, quando houve fechamento de 2,863 postos de trabalho, a fatia de mulheres entre os que perderam uma vaga foi superior: 51,59% do total.