A greve dos servidores em Florianópolis já traz reflexos nos serviços públicos. Escolas, creches e postos de saúde tiveram o atendimento afetado devido à paralisação, que teve início nesta terça-feira (12) e ocorre por tempo indeterminado.

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Na educação, a Secretaria Municipal de Florianópolis informou que de 39 escolas, 33 estão com atendimento normal ou parcial. Em creches, 75 delas estão na mesma situação. Na educação fundamental, a maioria dos servidores, 1.068, está trabalhando. O mesmo ocorre na educação infantil com 2.307 profissionais.

Servidores públicos de Florianópolis entram em greve por tempo indeterminado

Entre aqueles que aderiram à paralisação, 805 (42,98%) são do ensino fundamental e 1.437 (38,4%) do infantil.

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A orientação é de que pais e responsáveis entrem em contato com as unidades para saber sobre o funcionamento.

Já na saúde, a maior adesão está na atenção primária, com cerca de 16% dos servidores aderindo a paralisação. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, alguns Centros de Saúde estão com adesão significativa, comprometendo o atendimento (como por exemplo Trindade, Novo Continente e Itacorubi).

Os serviços de emergência estão 100% mantidos, sem adesão à greve. Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e Samu estão com funcionamento normalizado.

A orientação da secretaria é que a comunidade entre em contato com o Alô Saúde Floripa para verificar sobre o funcionamento do Centro de Saúde de referência antes de se encaminhar para a unidade, a fim de obter orientações sobre quais serviços estão com funcionamento mantido e onde buscar atendimento, caso o mais próximo da residência esteja afetado.

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De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), até a publicação desta reportagem, não havia o número exato de servidores públicos que aderiram a greve.

Um levantamento deve ser feito após a primeira assembleia da prefeitura que acontece na tarde desta terça-feira (12).

Confira as fotos da greve

Entenda

Trabalhadores da coleta seletiva, saúde, educação, assistência social e de outros setores aderiram ao ato, que ocorre por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), a mobilização acontece em defesa de investimentos, renovação dos acordos coletivos sem a retirada de direitos e o fim das terceirizações.

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A decisão para deflagrar greve foi tomada em assembleia no dia 6 de março. A categoria argumenta que, como 2024 trata-se de ano eleitoral, as negociações têm um período reduzido para serem concluídas para que os trabalhadores não fiquem sem acordo coletivo. Além disso, destacam que o governo municipal não repôs os valores de inflação.

O NSC Total procurou a prefeitura de Florianópolis a respeito do ato que, por nota, destacou que “a grave é política, já que sequer findou negociação entre executivo e sindicato”.

Além disso, o governo municipal destacou que a data-base dos servidores, anualmente, ocorre em abril e que a prefeitura já “ingressou no judiciário pela ilegalidade da greve para iniciar descontos de falta e processo de demissão de grevistas”.

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