Habemus Papam, De Nanni Moretti

Excelente longa assinado pelo italiano Nanni Moretti (de O Quarto do Filho), narra a crise existencial que se abate sobre o novo papa (o veterano Michel Piccoli, ótimo no papel) assim que ele é surpreendentemente nomeado pontífice. Com uma ironia finíssima, tem a dramaturgia sustentada sobre suas renúncias (ele sonhava ser ator) e o conflito que se estabelece quando um psicanalista ateu (o próprio Moretti) tenta resolver a crise. Drama, França/Itália, 2011. Lançamento: Imovision.

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Paraísos Artificiais, De MarcosPrado

Competente estreia na ficção de Marcos Prado, que é produtor de Tropa de Elite (200710), sócio de José Padilha na Zazen Produções e diretor do documentário Estamira (2004). Mistura aventura com drama familiar ao narrar a história de um jovem da classe média e seu envolvimento, primeiro, com as festas de música eletrônica e, depois, com o tráfico de drogas. A concepção visual é inspirada e a narrativa, muito bem construída. Drama/aventura, Brasil, 2012. Lançamento: Vinny Filmes.

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Alma sem Pudor, De Nicholas Ray

Melodrama do mestre Nicholas Ray (de Juventude Transviada), traz Joan Fontaine (Carta de uma Desconhecida) como uma jovem calculista que, apesar de amar o escritor interpretado por Robert Ryan (Meu Ódio Será tua Herança), não consegue desistir de outro pretendente mais rico (Zachary Scott). Também conhecido pelo título original, Born to Be Bad (nascida para ser má), Alma sem Pudor se alinha a outros melodramas com femmes fatales de sua época, a exemplo de A Malvada (1950), de Joseph L. Mankiewicz. Drama, EUA, 1950. Lançamento: Versátil.