A força do trabalho dos catarinenses e da economia que construíram pode ser mensurada por diversos números. O principal deles, o Produto Interno Bruto (PIB), mede tudo que foi produzido pela população. Nesse quesito, Santa Catarina é o sexto maior entre os Estados brasileiros, mesmo sendo apenas o 11º em população e o 20º em área.

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Mas existe um número que dá a real dimensão do desafio que próximo governante terá: a arrecadação. De janeiro a setembro deste ano, os catarinenses garantiram R$ 13,33 bilhões aos cofres públicos, através dos impostos estaduais. Um valor 34,91% maior do que o Estado arrecadou em todo o ano de 2009. Cabe ao eleito do dia 5 de outubro garantir a continuidade do crescimento da economia e fazer com que os catarinenses sintam o retorno dos bilhões que injetam na máquina do Estado.

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Responsável por cerca de 35% da atividade econômica catarinense, a indústria está preocupada. O temor de que os problemas de logística, infraestrutura, alta carga tributária e a burocracia governamental emperrem o desenvolvimento fizeram com que a Federação das Indústria do Estado de Santa Catarina (Fiesc) apresentasse um documento aos candidatos ao governo.

– Nosso custo de produção chega a ser 20%, 25% do que o custo do industrial no exterior – queixa-se Glauco Côrte, presidente da Fiesc.

O setor de serviços também merece atenção correspondente aos 59% de participação na economia catarinense. Embora a pauta tenha semelhanças com a da indústria, existem particularidades e até pedidos de isonomia. O principal: um programa de incentivos fiscais também para os varejistas.

– Sabemos que na indústria já existe o Prodec, mas nós não temos nenhum incentivo para o início do novo negócio – afirma Sérgio Medeiros, presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas.

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::: Os maiores desafios

– Reduzir a burocracia, integrando atuação de diversos órgãos estaduais de fiscalização e licenciamento.

– Reduzir a carga tributária, especialmente na energia elétrica.

– Investir em aeroportos regionais.

– Pressionar o governo federal para agilizar os projetos de ferrovias e duplicações de rodovias.

– Pressionar a Petrobras para ampliar a oferta de gás natural para a indústria.

– Criar mecanismos de incentivo ao comércio, como existem para a indústria.

.::: O que dizem os candidatos

Raimundo Colombo (PSD)

O pessedista faz um relato dos resultados da primeira gestão e aponta prioridades para um segundo mandato. Entre eles, a expansão do programa Juro Zero para micro e pequenas empresas. Também propõe criar um programa específico para empresas de médio porte e dar mais agilidade aos processos de licenciamento ambiental e gestão de recursos hídricos.

Paulo Bauer (PSDB)

O tucano fala na possibilidade de incentivos fiscais para micro e pequenas empresas da indústria ou do comércio. Promete implantar uma política de fomento à instalação e ampliação de empresas que assegure o início de novas vocações econômicas nas regiões mais pobres. Fala em ampliar as malhas ferroviária e rodoviária através de PPPs e com ajuda do governo federal.

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Claudio Vignatti (PT)

O petista lista uma série de ações voltadas à economia catarinense. Entre elas, a criação de áreas de incubação tecnológica e de fundos compartilhados com o setor privado para desenvolver projetos estratégicos. Fala também em dar suporte à modernização ou reconversão de setores industriais em declínio.

Afrânio Boppré (PSOL)

Em seu programa, o candidato fala em realizar mudanças estruturais na economia catarinense, para torná-la ecologicamente orientada e tirá-la da submissão ao capital financeiro. Promete implantar um sistema estadual de ferrovias e apoiar soluções de distribuição de emprego e rendas alternativas por meio do cooperativismo e associativismo.