Contando com o apoio dos ex-sócios da Busscar, de bancos e fornecedores, Agenor Daufenbach Júnior foi eleito na tarde desta terça-feira, com 87 votos – o que corresponde a 92,39% dos valores dos créditos habilitados – para o cargo de gestor judicial da empresa.

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Formado em administração e direito, Agenor atua na Gladius Consultoria e Gestão Empresarial, de Criciúma. Especializado em recuperações judiciais, tem em seu currículo,principalmente, em casos da região Sul do Estado.

Entre eles, as recuperações judiciais da Coposul, de Içara; da Carbonífera Catarinense, de Lauro Müller; e das falências da De Lucca Revestimentos Cerâmicos, de Criciúma; e da Indústria Cerâmica Imbituba.

Confira o que pensa o novo gestor:

Vitória

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– A democracia que se fez aqui foi um passo importantíssimo para a Busscar no processo de recuperação judicial. Agora, é o momento de unir todas as bandeiras sob a mesma luta. Tenho grande experiência em casos de recuperação de empresas, e com certeza vou buscar agregar tudo o que sei para trazer dias melhores não só para os credores, mas para a própria da empresa e de todos os envolvidos. Agora não existem mais inimigos e adversários, e essa grande equipe que somos vai fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.

Campanha

– Como a maior quantidade de créditos está nas mãos do grupo de garantia real, foi a esse núcleo que direcionei meu esforços nas últimas semanas. Fizemos reuniões, conferências, e com certeza meu currículo foi um diferencial levado em conta. Os que votaram em mim sabem da minha experiência em empresas com situação judicial semelhante à da Busscar, fora o fato de que represento uma cara nova no processo, com novas ideias e um jeito novo de pensar o problema. A missão agora é fazer valer esses votos.

Trabalhadores

– O resultado de hoje deixou claro que o grupo dos trabalhadores apoia Paulo Zimath em sua esmagadora maioria. Minha posição para este grupo é de que esse fator jamais será ignorado. Zimath vai ser, acima de tudo, um grande aliado no processo, que vai nos ajudar a garantir que a classe trabalhadora sempre tenha voz ativa nas tomadas de decisões que faremos daqui em diante. A relação com Zimath vai ser cada vez mais estreita, e confio plenamente na capacidade dele de estar presente nas dificuldades que enfrentaremos.

Plano

– Temos que trabalhar para garantir um plano sóbrio para ser entregue no próximo dia 20. Vejo um comum acordo da composição durante o processo como a única maneira de garantir um trabalho equilibrado. Também temos que direcionar nossas forças para providenciar o pagamento de valores aos credores na medida do possível, o que por sua vez só vai acontecer com muito diálogo e negociações. E temos que começar a tirar do papel a ideia de reativar nossas máquinas e retomar a produção.

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