Após a coletiva de imprensa em que o prefeito Udo Döhler falou sobre o corte de residentes do primeiro ano no Hospital São José, a reportagem de “A Notícia” ouviu o que pensam as entidades de Joinville.

Continua depois da publicidade

Na coletiva, o prefeito informou que, dos 56 aprovados, deixará de convocar 38. Portanto, 18 entrarão no quadro de alunos do primeiro ano de residência. Os alunos do segundo e do terceiro ano (R2 e R3) serão mantidos.

Leia mais notícias de Joinville e região no AN.com.br

Confira a repercussão

Continua depois da publicidade

CDL EMITE NOTA DE REPÚDIO

– A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) se manifestou por meio de uma nota de repúdio assinada pelo presidente da entidade, Luiz Kunde, contra a decisão do prefeito Udo Döhler de suspender o programa de residência médica no hospital, mesmo que temporariamente.

– Segundo a nota, a medida vai impactar negativametne tanto no futuro dos profissionais de medicina quanto no dia a dia da população que depende do atendimento na saúde pública. A entidade ainda apela para que o prefeito volte atrás na decisão.

SJM APONTA 16 CONTRADIÇÕES

– A Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM) divulgou um texto apontando 16 contradições do prefeito Udo Döhler em relação aos residentes do Hospital Municipal São José. Entre os tópicos, ela defende que o impacto direto no atendimento à população será maior do que alega a Prefeitura.

Continua depois da publicidade

– A entidade salienta que gastos com eventuais medidas para suprir a ausência dos residentes, como a contratação ou concurso público para médicos, serão maiores do que se a Prefeitura mantivesse a estrutura.

AJORPEME SE MANIFESTA CONTRA

– A Associação de Joinville e Região de Pequenas, Micro e Médias Empresas (Ajorpeme), por meio do presidente Carlos Eduardo de Souza, se manifestou contra a decisão tomada pela Prefeitura.

– Segundo o empresário, a medida vai fazer com que novos médicos residentes de áreas importantes para a cidade, como clínicos- gerais, patologistas e ortopedistas, deixem de vir para trabalhar no Hospital São José.

Continua depois da publicidade

– A Ajorpeme acredita que a Prefeitura poderia ter encontrado outras formas de reduzir custos para não cortar dinheiro da saúde.

DEPARTAMENTO DE ENSINO DO SÃO JOSÉ

– A decisão de suspender a matrícula dos novos residentes surpreendeu o médico Glauco Westphal, responsável pelo departamento de ensino e treinamento do Hospital São José. Segundo ele, a medida deveria ter sido cuidadosamente planejada e discutida com profissionais da área porque haverá um impacto sem precedentes no atendimento da unidade.

– Westphal salienta que a residência agrega forças ao corpo clínico, que hoje conta com aproximadamente 170 médicos no São José. Ele reforça que, sozinhos, eles não vão dar conta da demanda, embora a Prefeitura defenda o contrário. De acordo com o profissional, a maioria dos atendimentos realizados no setor de emergência interna, por exemplo, é feita pelos residentes com a supervisão dos médicos.

Continua depois da publicidade

– Glauco ressalta que algumas sociedades da classe médica em nível nacional já manifestaram apoio aos residentes e que, se a decisão da Prefeitura não for repensada, há a possibilidade de o Ministério Público ser acionado. Ele diz que ninguém nega que há uma uma dificuldade financeira muito grande, mas que as medidas de economia deveriam focar em outras áreas.