A equipe de reportagem do jornal “A Notícia” visitou alguns dos principais pontos turísticos da cidade entre os dias 10 e 18 de janeiro para verificar a situação de cada um deles durante o período de férias de verão, em que as pessoas costumam aproveitar estas áreas de lazer para curtir com amigos e familiares. Afinal, como está a limpeza dos locais? Há lixeiras disponíveis? Existem banheiros e qual é a situação deles? Os equipamentos de lazer para crianças e os de esporte estão em bom estado de conservação? Será que estes espaços estão sofrendo com a ação de vândalos? Nesta reportagem, você confere um diagnóstico de 11 cartões-postais de Joinville neste início de 2017.

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* Alex Sander Magdyel cursa jornalismo no Bom Jesus/Ielusc e participa de programa de estágio no jornal “A Notícia”

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Jardim do MAJ

O jardim do Museu de Arte de Joinville (MAJ) é um dos locais visitados com as melhores condições. Tem espaço para piquenique, bancos, mesas, um banheiro unissex e bicicletário. A presença de vigilantes que cuidam do museu dá a sensação de segurança. Na praça dos Suíços, que fica ao lado, há algumas pichações. O MAJ tem um bebedouro que não está funcionando. Há algumas lixeiras quebradas e pichadas. No local onde há mesas e bancos, formam-se poças de água em volta, o que acaba dificultando o uso.

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Mirante

O ponto mais alto do morro do Boa Vista é uma das principais atrações da cidade. Reinaugurado no ano passado, o Mirante apresenta poucos problemas e é um dos pontos turísticos mais movimentados da cidade. No dia em que a reportagem visitou o local, o elevador não estava funcionando e impossibilitava a subida de cadeirantes. Algumas lixeiras da trilha que dá acesso à Janela do Mirante estavam sem tampa. Há algumas pichações no trajeto. O espaço criado para abrigar uma lanchonete continua fechado. No banheiro, uma das torneiras estava quebrada. O bebedouro, apesar de estar funcionando, só tinha água quente. Sobre a situação do elevador no Mirante, a Secretaria do Meio Ambiente informou que a estrutura estava em manutenção e não havia previsão para ativar o equipamento novamente. A respeito do espaço da lanchonete, a Prefeitura avalia a possibilidade de lançar uma nova licitação para a ocupação comercial do local. Há biciletário no local.

Morro do Finder

Com uma sala de educação ambiental que pode ser utilizada pela comunidade, o hall de entrada do morro do Finder está bem cuidado. Alguns bancos de madeira estavam estragados e o mictório estava coberto com uma lona no banheiro. Também havia um vaso sanitário sem tampa.

No local há bicicletário. A equipe de reportagem não percorreu a trilha porque, no dia, o tempo chuvoso não permitiu.

Museu Fritz Alt

O jardim do Museu Fritz Alt é uma boa pedida para quem procura um lugar tranquilo e com bastante verde para relaxar. O museu continua com as salas interditadas, mas, do lado de fora, o gramado recebe tratamento do jardineiro exclusivo do museu e uma empresa faz a vigilância. Um dos bancos do jardim apresentava más condições para uso. No local há um banheiro funcionando e bicicletário.

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Parque São Francisco

Localizado no Adhemar Garcia, o parque é um bom local para lazer e prática de esportes. O espaço inaugurado em 2014 oferece pista para caminhadas e passeios; campo de futebol de areia; quadra poliesportiva; quadra de vôlei de areia; pista para skate, patins e BMX em formato diferenciado; parque infantil e palco para apresentações. Há um espaço criado para abrigar uma lanchonete, mas a Prefeitura diz que não há previsão para isso acontecer. Alguns itens do parque precisam de manutenção. A trave do campo de areia está quebrada e há mato no local. A grade que cerca o campo parece que vai cair, está inclinada para fora. Na quadra de basquete, um dos aros está quebrado, ainda pendurado na tabela. Fora da quadra também há uma estrutura para jogar basquete, mas sem tabela e sem cesta. A instalação que serviria para ser a base da Guarda Municipal está pichada por dentro e por fora. Não há chuveiros nos vestiários e há vasos sanitários sem tampas nos banheiros. A janela de um banheiro foi retirada e as lâmpadas foram roubadas. No parque infantil, há balanças e outros brinquedos quebrados. Há lixeiras quebradas, pichadas e sem tampa. A placa com o nome do parque foi vandalizada também. No local, trabalham dois zeladores, um da Prefeitura e outro de uma empresa terceirizada. Há bicicletário no parque.

Porta do Mar

O Parque Porta do Mar, no Espinheiros, oferece uma boa vista para a baía da Babitonga. O local conta com uma academia para a melhor idade e o Trapiche Augusto Domingos do Livramento. Inaugurado em 2014, o parque tem alguns pontos que precisam de manutenção. Uma divisória do trapiche está quebrada, dificultando a passagem das pessoas, seja para pescar, seja para ver o mar mais de perto. Um morador disse que já registrou reclamação na Ouvidoria da Prefeitura. Barras de ferro da cerca de proteção estão quebradas e as placas de sinalização estão sujas. A placa que descreve o ponto turístico também está quebrada e pendurada na estrutura. Algumas lixeiras estão destruídas ou sem tampa. A cerca de madeira que separa a calçada do mato também está danificada.

Zoobotânico

Caminhos cimentados, bebedouros funcionando e brinquedos bem cuidados tornam o Zoobotânico um exemplo para os outros pontos turísticos. Os problemas estão nos banheiros. Um deles estava fechado para manutenção e outro tinha a tampa do vaso sanitário quebrada. Havia pichações em um dos banheiros também. No parque infantil, a maioria dos brinquedos está em bom estado. Na academia instalada no zoo, o problema é a ferrugem em alguns equipamentos.

Parque da Cidade

Dos pontos de lazer visitados, o Parque da Cidade é o local que precisa de maior atenção do poder público. Localizado na zona Sul, o espaço conta com parque infantil, mirante, quadras de esporte e pista de skate. O uso destes equipamentos, no entanto, está prejudicado, seja pela falta de manutenção, seja pelo vandalismo. O cenário é de abandono. No dia 17 de janeiro, quando o local foi visitado, o mato tomava conta do trecho que levava até o topo do mirante, quase bloqueando a passagem das pessoas.

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As grades que cercam os campos e quadras foram vandalizadas. No campo de areia, atrás de uma das traves, dá para ver uma entrada no mato com um banco de madeira e muito lixo. A sensação que fica é de insegurança.

Uma das áreas que deveriam servir para as crianças brincarem é apenas mais um espaço para acumular água em dias de chuva. Os escorregadores que formam um caranguejo estão todos quebrados. Estão sem a escada e sem a estrutura para escorregar. Apenas um dos bebedouros está disponível. O botão de acionamento do equipamento no setor Sambaqui nem existe mais.

Há lixeiras quebradas, sem tampa e com o lixo transbordando. Mas não é pela falta de lixeira que há bastante lixo jogado no chão do parque. É pelo desrespeito das pessoas também. No dia da visita do “AN”, havia uma pilha de caixas de pizza abandonadas na pista de skate, por exemplo.

Os espaços não utilizados para seu fim tornam-se pontos de pichação e até locais para aqueles que não têm um teto dormir, quando precisam fugir da chuva. Os banheiros estavam fechados no dia da visita da reportagem. A Prefeitura diz que é para prevenir atos de vandalismo. As placas de sinalização também estão pichadas.

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Ao lado da Arena Joinville, alguns equipamentos de ginástica estão estragados e enferrujados. Quem quiser jogar basquete, precisa paciência. Das quatro estruturas instaladas para o jogo, só uma pode ser utilizada. Enquanto uma tabela conta com um aro e não tem a cesta, as outras não têm nem aro e nem cesta.

Estação da Memória

A Estação da Memória, antiga estação ferroviária de Joinville, conta com uma área de lazer na parte externa, com bancos e parque infantil. Os brinquedos, todos de madeira, estão em bom estado. Há banheiros em funcionamento, que estavam bem sujos no dia da nossa visita, e há bicicletário. Ao lado do parque, há um espaço cheio de lajotas abandonadas. As lajotas estão na área que foi asfaltada em 2013 e mais tarde teve de ter o asfalto removido porque era irregular. Segundo a Prefeitura, as lajotas estão no local para serem colocadas futuramente. Alguns muros da

Estação estão pichados. O espaço costuma ser utilizado para eventos, entre eles, o Sábado na Estação.

Rua das Palmeiras

No dia da nossa visita (11 de janeiro), o mato estava alto e havia lixo no chão. Imprudência das pessoas, já que há várias lixeiras no local. Há bancos para quem quiser ficar por ali curtindo este que é considerado o principal cartão- postal da cidade.

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Parque das Águas

O Parque das Águas continua sem água nos lagos artificiais. No dia da visita, havia lixo pelo chão e algumas lixeiras quebradas. Um banco estava totalmente quebrado e outros estavam parcialmente destruídos. Os muros estão bastante pichados.

CONTRAPONTO DA PREFEITURA

A Prefeitura foi questionada sobre todos os problemas encontrados e informou, por meio de nota, que a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) está realizando um levantamento das as estruturas de lazer da cidade e que a partir disso será feito um planejamento para a recuperação das áreas que apresentam degradação ou necessidade de manutenção emergencial.