O espaço onde o tempo é contado no baixar das pedras do dominó é também o lugar onde as árvores estendem os braços e oferecem uma generosa sombra, faça frio ou calor. Localizada na praça Nereu Ramos, no Centro de Joinville, a árvore acolhe os aposentados Osni Pinheiro, José Reges, João Dias e Jair Palhares quase todos os dias para as partidas de dominó.
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– Sem árvore, essa praça não seria o que é. Não daria pra ficar aqui – diz Osni, observando as jogadas dos amigos sem deixar de falar com bom humor. – Às vezes, ganhamos um “presente” de passarinho, vindo do alto, mas isso é o de menos – conclui.
Para quem fica embaixo das árvores, o tempo passa devagar e relaxado. Basta passear despretensiosamente pela cidade para perceber que o joinvilense encontra refúgio nas sombras das copas.
Na rua Florianópolis, esquina com a Graciosa, o frentista Vitor Francisco dos Santos se exercita à sombra das figueiras. Para ele, elas são essenciais e garantem a qualidade de vida dos moradores.
Se uns se exercitam nas academias da melhor idade, outros relaxam abrigados pelo flamboyant da praça Hercílio Luz, no Mercado Público Municipal. Aos finais de semana, a pracinha fica repleta de pessoas que ficam sentadas debaixo da árvore para ouvir música feita em Joinville. É claro que elas não dispensam os petiscos, os chopes, as cervejas, os sucos e a generosa sombra da árvore.
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Em outros pontos da cidade, a cena se repete. São pessoas tirando fotos, brincando com os filhos, lendo livros ou simplesmente descansando. Uma agradável rotina que deve ser cultivada.