Após as declarações do governador Carlos Moisés da Silva ao jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (14) sobre a revogação de incentivos fiscais a agrotóxicos desde o início de agosto, representantes de órgãos ligados à agricultura voltaram a se manifestar sobre o assunto.

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Carlos Moisés da Silva afirmou que "qualquer pessoa que raciocine um pouco, que saia do padrão mediano, vai entender que não se pode incentivar o uso [de agrotóxico]".

A Assembleia Legislativa aprovou um projeto para barrar a mudança, mas ainda precisa da sanção de Moisés.

O engenheiro agrônomo Glauco Olínger defende o incentivo aos agroquímicos. Ele foi duas vezes Secretário da Agricultura, presidente da Embrater e co-fundador da Embrapa entre outros cargos.

Em entrevista a Moacir Pereira, disse que a maioria dos países do mundo apoia a produção com agrotóxicos e classificou a retirada dos incentivos como um erro administrativo e governamental.

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Já o professor da UFSC Antônio Augusto Alves Pereira, que pesquisa agroecologia, diz que é possível abastecer o estado com produção orgânica desde que em um novo modelo de agricultura, com mais pessoas trabalhando no campo.

Ouça as manifestações:

O presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc) José Zeferino Pedrozo disse que os produtores continuarão usando agroquímicos, mesmo que precisem buscá-los em outros estados. Para ele, não tem como abastecer o estado com a produção orgânica.

Confira a declaração: