A renúncia do Papa, anunciada ontem pelo Vaticano, pegou todos de surpresa. A história dos líderes da Igreja Católica sempre foram atrativas para diretores e escritores. Há registros da rotina dos pontífices, histórias sobre a escolha de novos líderes e relatos fictícios que vão da comédia à ação.
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A seguir, ZH destaca livros, séries e filmes sobre a figura do Papa.
O Papa no cinema
Agonia e Êxtase (1965), de Carol Reed – A trama destaca os conflitos entre o papa Júlio II (Rex Harrison) e o artista Michelangelo (Charlton Heston) durante a pintura do teto da Capela Sistina.
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As Sandálias do Pescador (1968), de Michael Anderson – Na adaptação do livro homônimo, Anthony Quinn interpreta um religioso soviético que, após ficar preso por 20 anos, se torna Papa à época da ameaça nuclear da Guerra Fria.
Irmão Sol, Irmã Lua (1972), de Franco Zeffirelli – Na encenação das vidas de São Francisco de Assis e Santa Clara, a figura de papa Inocêncio III (Alec Guinness) tem papel de destaque.
Il Pap’occhio (1978), de Renzo Arbore – Para aumentar a popularidade da Igreja Católica junto ao público jovem, o Vaticano cria um programa de TV, mas um diretor insano que transforma o lugar numa grande esbórnia.
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O Poderoso Chefão 3 (1990), de Francis Ford Coppola – O enredo destaca o episódio real do escândalo financeiro do banco Ambrosiano, ligado ao Vaticano, e a morte, para muitos suspeita, do recém eleito papa João Paulo I, em 1978.
Anjos e Demônios (2009), de Ron Howard – Versão do best-seller literário que coloca o Vaticano como cenário da trama de suspense que se passa em meio à eleição de um novo Papa, envolve uma ancestral organização secreta e tem um camerlengo (Ewan McGregor) como figura-chave.
Leia a crítica de Marcelo Perrone sobre o filme “Anjos e Demônios”
Habemus Papam (2011), de Nanni Moretti – Na falta de unanimidade do conclave em se decidir por um dos dois religiosos favoritos, cardeal (Michel Piccoli) é eleito o Sumo Pontífice. A surpresa o faz surtar e assumir que não tem condições de assumir tamanha responsabilidade. Ele foge do Vaticano e revê sua vocação de fé nas ruas de Roma, criando um impasse que vira assunto mundial.
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Leia a crítica de Roger Lerina sobre o filme “Habemus Papam”
O Papa na televisão
Os Bórgias (2011) – Minissérie já na terceira temporada em que Jeremy Irons encarna o inescrupuloso Rodrigo Bórgia, protagonista de ardilosas maquinações para se tornar o papa Alexandre VI, durante a Renascença.
Papa João Paulo II (1984) – Telefilme sem maior repercussão sobre a trajetória do polonês Karol Wojtyla (vivido por Albert Finney), que assumiu o posto mais alto do catolicismo em 1978 como João Paulo II.
O Papa na literatura
Os Porões do Vaticano, de André Gide – Farsa satírica publicada em 1914, se passa na França e na Itália da década de 1890. Trata de histórias entrelaçadas, entre elas a de um boato de que o Papa teria sido sequestrado e de que um cardeal falso estaria em sua cadeira. A obra marca o rompimento do autor com a Igreja.
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Conclave, de Roberto Pazzi – Comparado a Italo Calvino, Pazzi assina este romance que é um retrato divertido da sociedade europeia. No enredo, os cardeais reunidos em Roma não conseguem chegar a um acordo sobre a eleição do novo Papa após dois meses de debates. Então, alguns boatos começam a ser espalhados.
O Caminho para Gandolfo, de Robert Ludlum – O escritor de suspense, famoso por A Identidade Bourne, cria um delirante plano de sequestro elaborado por um policial e um militar caídos em desgraça, no qual um Papa fictício e popular é capturado. O resgate pedido é um dólar de cada católico existente no mundo.
O Nome da Rosa, de Umberto Eco – O livro amplia o foco do filme para questões históricas e teológicas do século 14. A reunião entre diferentes ordens de monges realizada em um mosteiro medieval é uma tentativa de arbitrar a então corrente disputa entre o papa João XXII, instalado em Avignon, na França, e o imperador Luis II, da Baviera. Eco retrata o conflito como um choque primordial entre Igreja e Estado.
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