Milhares de vestibulandos passaram por nossas páginas desde aquele dia 25 de agosto de 2005, quando estreou o Vestibular no Diário Catarinense. Em quase oito anos, o Caderno se especializou em ajudar estudantes à beira do ensino superior. Criamos colunas de professores, abrimos espaço para leitores, especialistas e pais, detalhamos recomendações. Nesta edição número 500, são os entrevistados que nos contam porque valeu a pena mergulharmos neste universo de fórmulas, teorias, editais, provas e provações.

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>>> Confira o vídeo especial da edição número 500 do Caderno Vestibular

Xodó de vestibulanda

No quarto de Laiana Cândido de Oliveira, em meio às apostilas de cursinho pré-vestibular, de curso técnico e ensino médio, estão as páginas de jornais. Mais precisamente, de edições do Caderno Vestibular. Desde que veio de Imbituba, no Litoral Sul, para estudar em Florianópolis, em 2010, ela se especializou em procurar o Vestibular no Instituto Federal (IFSC), onde faz curso técnico, e em escritórios e consultórios por onde passa. Até a família começou a separar algum exemplar quando podia.

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Algumas dicas de conteúdos, de como se organizar nos estudos e para se manter a confiança na aprovação são guardadas na mente e no livreiro da estudante. Quem transita pelo quarto de Laiana, então, não tem como escapar das frases motivadoras ou de informações sobre Medicina, que ela pretende cursar.

– Sempre que olho, fico bem-humorada, me motiva. É uma forma de preencher a rotina – destaca.

As edições que não vão para o recorte e que não estão em uso são cuidadosamente separadas em uma pastinha. No acervo especial, também estão Cadernos com a própria estudante, já que, no ano passado, a leitora assídua se tornou Vestibulanda DC. Foi um ano relatando as experiências na maratona de processos seletivos.

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No final deste ano, Laiana pretende virar a página, tornando-se universitária. Os Cadernos Vestibular deverão ficar de lado, então, mas por um bom motivo.

Missão de guia

A equipe do Laboratório de Informação e Orientação Profissional (Liop) da UFSC encontrou mais uma nobre função para as edições do Vestibular. Os exemplares fazem parte dos trabalhos de esclarecimento das profissões. Depois das etapas em que se abordam os critérios de escolha e as informações técnicas de cada curso, os exemplares do Vestibular, juntamente com guias de estudantes de universidades, portais de cursos e outras fontes, contribuem para que os estudantes saibam mais de cada área.

Para uma das coordenadoras do Liop, Marucia Bardagi, essas informações ajudam a ampliar os horizontes dos adolescentes que estão prestes a decidir por uma carreira e são como ferramentas para se discutir a importância de se conhecer os diferentes contextos profissionais.

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– Embora estejamos em um momento com muita informação disponível, nem todo mundo vai atrás para conhecer mais os cursos. O adolescente acaba ficando acomodado com coisas que já conhece. Esses materiais estimulam o processo de busca de informação – ressalta Marucia.

Depoimentos e informações trazidos pelo Caderno também facilitam para se abrir o leque de possibilidades de atuação, ao darem uma ideia de como está o mercado e as realidades profissionais. Sob essa ótica, então, o Vestibular pode ser um aliado não só para o estudante que quer ser universitário, mas para quem quer se tornar um bom profissional lá na frente.

Apoio em sala de aula

A participação como colunista do Vestibular, a partir de 2010, fez Marcelo Borret prestar mais atenção ao Caderno e recomendar o material para os alunos do curso de história Ágora, de Florianópolis. O professor explica que as informações publicadas servem, inclusive, como ponto de partida para as aulas.

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– A gente fica debatendo o que é publicado, ficamos até quatro semanas em um assunto – relata Borret.

O professor também abre espaço para os estudantes pesquisarem mais em outras fontes o tema proposto nas edições. Dessa maneira, eles ficam com uma visão ampla e ainda trabalham as orientações em sala de aula. Mas não são só as edições recentes que são aproveitadas. Edições mais antigas, com páginas que já estão até amareladas, também ficam dispostas em um mural. Quando têm um tempo, os alunos conferem as dicas, fazem comparações entre o que temas que vêm sendo cobrados, avaliam se os professores apostaram bem no conteúdo que iria cair em anos anteriores.

Para o professor, os esquemas e as informações dispostos na coluna adquirem mais importância à medida em que as provas se aproximam e o interesse dos jovens leitores em resgatar as edições do Vestibular aumenta.

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– Fica como uma anotação preciosa para ser revista no final do ano, antes das provas – considera o professor Borret.

Recurso para se ter em casa

Lena Obst faz questão de guardar as páginas para as filhas

Foto: Charles Guerra

A filha mais velha de Lena Obst começava a dar os primeiros passos no ensino médio quando a mãe decidiu arquivar as edições do Caderno Vestibular. Os exemplares eram armazenados quase em segredo, para não deixar as três estudantes da casa assustadas com os processos seletivos. Chegou, então, o momento em que as edições, com assuntos que rondam as provas e autores que sempre devem ser lidos, foram utilizadas.

Clara cursa agora a faculdade de Jornalismo. Mas o arquivo de Vestibulares continua sendo formado para as outras ficas mais novas, que ainda estão na escola. Lena também dá uma olhada nas reportagens e já conhece até estrutura do caderno, incluindo o espaço dedicado aos Vestibulandos DC.

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– Adolescentes gostam de exemplos, de se sentirem “acompanhados” em seus desafios. Isso tudo é de grande importância, além de estimular a leitura, que é outro dos meus objetivos ao separar as páginas do jornal – reforça ela.

Lena conta com o material também para esclarecer sobre as profissões que as filhas vão escolher. Para ela, o Vestibular se torna um dos instrumentos de informação e preparação, complementando as orientações de mãe.

– Da mesma forma que eu sou apaixonada pela minha profissão, quero que minhas filhas sejam apaixonadas pela atividade delas – resume.

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