Diante da polêmica sobre a implantação de um crematório em Joinville, o “A Notícia” buscou exemplos em cidades vizinhas, onde o serviço já funciona.
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Jaraguá do Sul tem serviço há cinco meses sem reclamações
O Crematório Catarinense iniciou as atividades no início do ano às margens da BR-280. De acordo com o gerente comercial, Leonardo Leyer, foram realizados dois estudos – de impacto de vizinhança e arqueológico. Segundo ele, a atividade não produz fumaça e nem cheiro. Porém, a chaminé existe para o caso de ocorrer uma falha mecânica.
– Neste caso, pode sair fumaça ou fuligem, mas até agora isso não aconteceu.
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O Catarinense faz apenas duas cremações por dia. Se a demanda for maior, os corpos ficam guardados em câmaras frias. A cremação ocorre em um forno a 1,2 mil graus por cerca de duas horas. As cinzas, que pesam em torno de um quilo e meio, são recolhidas por uma abertura no forno para que o tamanho dos grãos fiquem uniformes. No dia seguinte, a família recebe a urna com as cinzas e dá o destino desejado.
Moradores de uma vila próxima não se importam com o crematório. Eles confirmam a versão do empresário e dizem que nunca sentiram cheiro nem presenciaram fumaça saindo pela chaminé. O casal Inês e Leodegário disse que não foi consultado sobre a obra, porém não se importa.
– Não incomoda, aqui é bem tranquilo -, contou Inês.
Outro vizinho, Pedro Padilha, 42 anos, acredita na fiscalização.
– Com certeza, é fiscalizado, a tecnologia usada é avançada, a gente acredita nisso e espera que seja assim -, completou.
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Estabelecimento funcionava há três anos sem licença em Itajaí
O Crematório Athenas, de Itajaí, opera há cerca de três anos no bairro São Vicente. As instalações foram construídas dentro de uma funerária que foi inaugurada há dez anos. A licença para funcionamento saiu há apenas uma semana.
De longe,uma grande chaminé no meio da construção chama a atenção. Apenas uma parede separa os fornos da primeira casa vizinha. Uma adolescente de 16 anos vive na casa com a mãe. Como está habituada com a atividade, não se importou com a instalação do crematório.
Dos sete moradores entrevistados pela reportagem, apenas um ainda não se acostumou com o crematório.
– Ainda tenho um pouco de medo -, contou Willian Antônio Candido, de 25 anos.
Porém, todos os moradores confirmaram já ter presenciado fumaça no local que teve problemas de legalização.
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Confira uma galeria de fotos dos crematórios: