No Ruy de Todas as Copas do mês de setembro, o Professor Ruy Carlos Ostermann lista alguns dos causos de jogadores supersticiosos que participaram de Copas do Mundo.

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O bigode de Mario Kempes

O goleador da Argentina passou a etapa inicial sem marcar. O técnico César Menotti implicou com seu bigode. Depois de raspado o apêndice capilar, Kempes marcou dois gols por jogo: Polônia, Peru e na final frente à Holanda.

Premonição com sentido

Zizinho passou praticamente em claro a noite que antecedeu a decisão de 50. Era premonição, mas também receio de o Brasil encarar o Uruguai com apenas um zagueiro de ofício. Infelizmente, o receio se confirmou.

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O uniforme foi o culpado

Logo depois de o Brasil perder a final do Sul-Americano de 1953 para o Paraguai, e ainda com o trauma de 1950, o uniforme branco com detalhes em azul foi aposentado e deu lugar à camiseta canarinho, criada pelo jaguarense Aldyr Schlee.

Medo do fantasma branco

Na final de 1958, o Brasil não pôde usar a camiseta amarela, semelhante à da dona da casa, Suécia. E se descartou usar as camisetas brancas, que remetiam ao fracasso de 50. Solução: comprar camisetas azuis no comércio de Estocolmo.

Superstição dose dupla

Pelé e Garrincha jogaram 40 partidas juntos pela seleção brasileira. E nunca perderam: foram 35 vitórias e cinco empates, com os Campeonatos do Mundo de 1958 e 1962 no meio. Coincidência? Sorte? Ou uma dupla imbatível?

Azar da boca pra fora

Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, Johan Cruyff não se descuidava do sobrenatural. O craque holandês sempre cuspia um chiclete mascado no campo do adversário, para azarar seus oponentes.

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É dos carecas que eles gostam

Copa de 1998. Depois de cada jogo da seleção francesa, o zagueiro Blanc lascava uma beijoca na careca de seu colega, o goleiro Barthez. Além disso, a equipe francesa sempre ouvia a música I Will Survive para dar sorte.

Um pipi para garantir

Goycochea ficou famoso por pegar pênaltis, especialmente na Copa de 90. Sua habilidade era lubrificada pela superstição: por garantia, antes das cobranças das penalidades, o arqueiro argentino urinava no gramado.

Proibido trocar camisa

Durante a Copa de 2006, o volante italiano Gattuso cultivou duas rotinas: sempre arrumava as malas antes de cada jogo, e usava a mesma camiseta. Crendice em dose dupla, isso pode ter ajudado a Itália se sagrar campeã.

De calções na mão

Bobby Moore, capitão da seleção inglesa que venceu a Copa de 66, fazia questão de ser o último do time a vestir os calções no vestiário. Superstições à parte, Pelé sempre disse que Moore foi o melhor marcador que enfrentou no futebol.

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Sorte com lugar marcado

John Terry capricha nos amuletos: antes dos jogos, ouve sempre um CD de Usher; durante as partidas, usa sempre o mesmo par de caneleiras. Além disso, o zagueiro ocupa sempre o mesmo lugar no ônibus que conduz o time da Inglaterra.

A maldição sem fim

Barbosa, responsabilizado por alguns pelo fracasso de 1950, contava que experimentara sua maior mágoa em 1994. O goleiro foi barrado por Parreira na concentração da seleção, na Granja Comary, porque se temia que pudesse trazer azar…

O poder do número 13

Campeão como jogador e técnico pela Seleção Brasileira, Zagallo é fixado no 13. A superstição começou com sua mulher, devota de Santo Antônio, que se celebra em 13 de julho. A final da Copa de 2014 está marcada exatamente para esse dia – será que é um bom augúrio?