Como estão os preparativos para a gravação do DVD Baile do Teló? Haverá parcerias?
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Os ensaios estão a todo vapor. Estou muito ansioso, não vejo a hora de poder mostrar o show para todo o público. O Seu Jorge eu já conhecia e já venho conversando sobre uma participação dele em um DVD meu desde o Sunset. Na época não conseguimos alinhar agendas e desta vez fiquei muito feliz de poder contar com ele neste novo projeto. É um cantor que admiro muito, gosto do estilo e ele tem um talento indiscutível, vai ser muito legal essa mistura. Espero que gostem tanto quanto estamos nos divertindo para preparar esse DVD. O Breno & Caio César são meninos de ouro, a nova geração da música sertaneja. Muito importante ter a participação deles. E os meus irmãos do Tradição também não poderiam faltar jamais. São grandes amigos. Quero com esse trabalho retornar às minhas raízes, retornar ao que me formou como artista, que foram os bailes típicos de Campo Grande. O objetivo era tocar sem hora para acabar e levar alegria para as pessoas a partir do palco. Quanto à parte tecnológica, muita coisa mudou nos meus 22 anos de carreira, não existia nem internet quando comecei a cantar, com 12 anos. Hoje ela está no bolso de todo mundo, literalmente. Então, por que não usar isso a nosso favor? Quero que o público participe ativamente do show, não só estando lá no dia da gravação. Temos um aplicativo, que já está disponível para baixar, onde cada um pode ver imagens em realidade aumentada, ouvir recados meus e, no dia do show, acompanhar projeções gravadas em 360º. O repertório será uma mistura. Teremos 15 músicas inéditas, quase 80% do setlist. Mas ainda vou apresentar algumas da época do Tradição, da carreira solo e clássicos da música sertaneja.
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Sobre sua participação no The Voice Brasil, que começa no dia 1º de outubro, como você recebeu o convite? Vai buscar fortalecer a presença dos cantores sertanejos no seu time? Será um jurado bonzinho ou vai apostar numa linha mais crítica?
Estava no estúdio preparando meu novo DVD quando fui surpreendido com a ligação do Creso, diretor do programa, me fazendo o convite. Fiquei extremamente feliz e honrado. Por se tratar do principal programa de música do Brasil, não tive dúvidas em aceitar o desafio. A música é a minha vida e estou feliz demais em poder falar dela na TV. Acho que devo fazer uma linha parecida com a do Daniel, a quem eu tenho a honra de substituir. Temos mais ou menos o mesmo perfil. Espero encontrar grandes artistas da música sertaneja durante o programa.
Que encontro mais o marcou na série Bem Sertanejo, do Fantástico? Estão previstas mais temporadas ou desdobramentos além do CD/DVD e do livro?
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Desdobramentos, não. A ideia inicial do projeto era só o DVD. Mas durante as reuniões, tivemos a ideia de levar para a Globo, e a direção do Fantástico abraçou a ideia na hora. Fiquei muito feliz. O DVD saiu também, e o livro só veio para complementar. Todos os encontros foram muito especiais para mim. Gravar com Christian & Ralf foi emocionante, porque sempre fui muito fã e não os conhecia. Eles cantaram todas as modas que eu tinha vontade de ouvir, e toquei sanfona com eles. Milionário & José Rico também foi especial pela história deles com a música. Ainda realizei o sonho de conhecer Almir Sater pessoalmente. Cantar com ele no Pantanal foi muito especial. Difícil falar um nome só, todos são muito importantes para mim, ícones da música sertaneja.
Sua atuação como apresentador foi superelogiada. Você tem outros projetos nesse sentido?
Não me considero um entrevistador. Meu foco foi e sempre será a música. Sou cantor e produtor na minha essência. No Bem Sertanejo, éramos amigos falando sobre música sertaneja e cantando modões. Por outro lado, neste ano eu vi que tenho potencial para esse outro lado da TV, mas o caminho é sempre me dedicar aos discos e aos palcos. Mas se surgir um projeto que eu achar que vale a pena, que vai me trazer alegria e me fazer sentir bem, principalmente ligado à música, quem sabe.
A morte do Cristiano Araújo trouxe à tona um universo um tanto desconhecido para parte do público brasileiro. Ao mesmo tempo em que ele era um grande ídolo, muita gente nunca tinha ouvido falar dele. Por que isso acontece com o sertanejo?
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O Brasil é muito grande, tem dimensões continentais, com uma enorme diversidade musical. É normal que nem todo artista seja conhecido nacionalmente, mas isso não quer dizer que não faça sucesso em algumas regiões. Acredito que isso não seja só algo que acontece com o sertanejo.
Você está acostumado a fazer shows para grandes públicos e nesta sexta vai se apresentar em uma casa noturna, com a chance de ficar muito perto do público. Você tem preferência por uma coisa ou outra?
Não tenho preferência. Eu gosto de festar, de divertir o público. Qualquer lugar é lugar quando você ama o que faz.
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MEU SOM
Como é a sua relação com a música fora dos palcos?
Eu vivo da música. Cantando, ouvindo, produzindo. Estou sempre escutando no carro, em casa, na hora em que estou trabalhando. Recebo muita coisa de vários compositores e gosto de ouvir tudo na medida do possível. Tenho me dedicado muito à produção das músicas que eu lanço. E para se ter experiência e referência é preciso ouvir de tudo.
O que gosta de ouvir quando não está trabalhando?
Sertanejo, pop, várias coisas…
Qual o seu show inesquecível?
Nossa! Meu há muitos. Os shows da turnê fora do Brasil foram muito especiais. Cantar com Roberto Carlos também foi inesquecível.
Para assistir: Coração Cansou, meu último clipe lançado (risos).
AGENDE-SE
O quê: show de Michel Teló
Quando: sexta (21)
Onde: Fields (Avenida Paulo Fontes, 1.250, Centro, Florianópolis)
Quanto: a partir de R$ 70 (fem) e R$ 90 (masc) – pista 4º lote, à venda em Ingresso Nacional