Não existe fogo inocente, alerta a médica Maria Cristina Serra, presidente eleita da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), ao indicar cuidados a serem tomados por quem vai passar a virada de ano perto de shows pirotécnicos. As orientações, tanto para organizadores de festas quanto para o público em geral, são só utilizar fogos de artifício com procedência garantida, não manipulá-los sem antes ler o rótulo e, principalmente, jamais deixar que crianças participem da atividade.
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Segundo Maria Cristina, as principais sequelas deixadas por queimaduras provocadas por fogos de artifício são manchas, cicatrizes retráteis (aquelas que encurtam a pele e podem até comprometer os movimentos) e lesões na córnea, além de amputação de membros, em casos mais graves.
– Sempre que acontece um acidente envolvendo queimadura, o ideal é molhar a região queimada com água corrente e não aplicar nenhum remédio ou receita caseira sobre a pele. Em seguida, o paciente deve ser encaminhado a um serviço de saúde, pois em muitos casos o ferimento é pequeno, porém profundo, o que reforça a necessidade de um diagnóstico adequado e de um pré-atendimento especializado – orienta o fisioterapeuta Juliano Tibola, diretor-executivo da SBQ.
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