A beleza e as cores dos fogos de artifício escondem um grande perigo. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, entre 2008 e 2011, 1.382 pessoas foram internadas no País por acidentes causados pelo manuseio desses artefatos, com 122 mortes.

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Do total, 23% dos feridos tinham menos de 14 anos. A maior incidência se dá durante as festas de fim de ano, o que obriga o Corpo de Bombeiros e os próprios comerciantes a intensificar as campanhas de prevenção.

Em Jaraguá do Sul, o proprietário da loja Safari, Marcelo Nasato, espera triplicar a venda de fogos até o fim do mês de dezembro. Para isso, precisa de autorizações especiais do exército e da Polícia Militar para comercializar os itens, que ficam guardados em um depósito seguro.

-Nós não expomos os fogos na loja, a venda é toda feita por catálogo. O cliente recebe o produto e nós damos as recomendações necessárias.

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O proprietário diz que os clientes têm sido mais cautelosos na compra.

-Hoje, eles têm mais informações disponíveis, já chegam sabendo o que querem e como utilizar.

Para o comandante do Corpo de Bombeiros de Jaraguá do Sul, Jean Carlos Walz, caso não haja um profissional responsável pelas explosões, deve-se utilizar fogos com pavio de menor risco. O local de instalação dos fogos deve ser isolado e o disparo feito preferencialmente quando não há vento forte.

-Os pais também tem que ter atenção redobrada com as crianças, que nessa época costumam manusear fogos de artifício que não estouram, mas que podem machucar. Existem fogos coloridos que são para o público infantil, mas não quer dizer que são elas que têm que soltar. Quem deve manuseá-los sempre são os pais-, observou.

No Réveillon de 2008 para 2009, a jovem moradora de Guaramirim, Ana Paula da Silva, hoje com 25 anos, foi atingida por um foguete na cabeça. Até hoje ela se recupera das sequelas. Em dezembro de 2010, também em Barra Velha, um caminhão carregado com fogos explodiu na praia Central. Uma pessoa morreu.

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Confira algumas dicas para soltar fogos de artifício com segurança

– Não compre fogos de artifícios clandestinos, na maioria das vezes não são testados. Esses fogos são vendidos de forma avulsa e não trazem as orientações do fabricante na embalagem.

– Sigas as dicas do fabricante e peça orientações de como proceder no momento da compra do artefato.

– Compre artefatos que venham com a base para encaixar no suporte dos fogos de artifício, para que seja possível colocar no chão. Dessa forma, não é preciso segurá-los com as mãos.

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– Nunca deixe crianças soltar fogos.

– Nunca manuseie fogos sob efeito de álcool.

– A distância para explodir os fogos com segurança é de 30 a 50 metros de pessoas, edificações e carros.

– Se os fogos não estourarem, não tente reaproveitá-los. Molhe-os para apagar o pavio e evitar acidentes e leve na loja em que comprou para trocá-los.

– Se for guardar fogos de artifício em casa, deixe-os em um local seco e longe de fogões, isqueiros e do acesso a fumantes.

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– Em caso de queimaduras, o local queimado deve ser lavado com água corrente e enrolado num pano ou toalha limpa. Em caso de acidentes mais graves, os bombeiros podem ser acionados pelo telefone 193.