O ano mal começou e as tradicionais despesas desta época já começam a bater na porta da população. Com a compra do material escolar não poderia ser diferente. Muitos pais já estão fazendo o dever de casa e correndo atrás dos itens que os filhos vão usar ao longo do ano letivo. Para ajudar nesta tarefa, a Hora foi atrás de dicas para economizar na compra dos materiais e como os consumidores podem reduzir os gastos.

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O diretor do Procon de Florianópolis, Fábio Paixão Gongora, comenta que a principal dica é pesquisar. Segundo ele, o valor de um mesmo produto pode chegar a 70% de diferença de um estabelecimento para outro. Substituir os itens de marca famosa por outros não tão conhecidos e com a mesma qualidade também garante uma boa economia.

— Uma alternativa econômica são os grupos de troca e venda de materiais usados. Tem muita gente criando grupos nas redes sociais, como WhatsApp e Facebook, para trocar produtos em bom estado, com qualidade. Ou eles fazem a troca ou vendem por um preço mais acessível. A economia pode chegar a mais de 50% em todo o material escolar — diz Gongora.

Na próxima terça-feira, o órgão de defesa do consumir deve divulgar a pesquisa de preço com os principais itens que compõem a lista de material escolar.

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Em caso de dúvidas ou denúncias, o consumidor pode entrar em contato com o Procon pelo telefone (48) 3131-5300, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. O Procon de Florianópolis fica na Praça XV de Novembro, 312, ao lado do banco Bradesco, no Centro.

De olho na lista abusiva

Nem tudo pode ser exigido na lista de material. Segundo Fábio Gongora, as escolas não podem solicitar produtos de uso coletivo, como os de higiene, limpeza, grandes quantidades de papel e grampos. A instituição também não pode exigir marcas ou indicar locais de compra, muito menos que os produtos sejam adquiridos no próprio estabelecimento de ensino, exceto para artigos que não são vendidos no comércio, como apostilas.

Dicas dos pais

Para o professor Paulo Passaglia, 37 anos, a receita da economia é pesquisar. Com a lista em mãos, ele foi a várias papelarias do Centro da Capital para comparar os preços e garante que os valores de um mesmo produto variam cerca de 20%. Ele também identificou aumento dos preços, principalmente nos itens como caderno e lápis de cor.

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— Sempre faço pesquisa, já comprei algumas coisas em outras lojas porque estavam mais em conta. Tem que ser assim para poder economizar, pois os preços mudam de uma loja para outra — conta.

A filha Cecília, de oito anos, acompanha Paulo durante as compras e os dois negociam para que ela escolha o que mais gosta sem esvaziar o bolso do pai.

— Nós temos que comprar três cadernos. Um deles ela escolhe o que mais gosta, que geralmente é o mais caro, e os outros dois escolhemos o mais barato — dá a dica o professor, que pretende gastar entre R$ 150 a R$ 200 com todo o material.

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A dona de casa Karina Rischter, 31, ainda não comprou os produtos da lista de material, mas já está de olho nos preços. O filho Marlon, de sete anos, vai para o 2º ano do ensino fundamental e a mãe pretende reaproveitar alguns itens, que estão em bom estado. Esta é outra dica para economizar.

— Ele tem quatro cadernos, apontador e borracha, que usou só no ano passado e ainda dá para aproveitar. Este ano tenho que comprar mais lápis de cor e uma mochila, que é o item mais caro — comenta.

Além de pedir orçamento em diversos estabelecimentos, a antecipação e a boa pechincha são outras dicas valiosas. A supervisora de uma papelaria de Florianópolis, Leia Honorato, 32, comenta que sempre é possível negociar na hora de fechar a compra. Desconto de 5% à vista ou parcelamento em até seis vezes são algumas opções da loja.

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—Mas com uma boa conversa ainda pode ter mais desconto — diz.

Ainda de acordo com ela, o movimento nas papelarias costuma aumentar a partir do dia 15 de janeiro. A dica é se programar e ir o quanto antes para evitar as filas tão comuns no período de volta às aulas.

Confira mais dicas do Procon e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):

– Antes de ir à papelaria, verifique se os itens usados no ano passado estão em bom estado e podem ser reutilizados. Estojo, régua, tesoura e dicionário, por exemplo, normalmente duram bastante;

– Para economizar um pouco mais, a dica é reunir um grupo para ir às compras. O atacado é mais vantajoso e, na maioria das vezes, é mais fácil de conseguir descontos;

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– Se a ideia é não gastar muito, tente não comprar produtos que tenham característica de brinquedos ou a figura de personagens infantis. Esses itens são mais caros;

– É importante comparar o preço de marcas e lojas diferentes antes de fechar a compra. Os livros didáticos, por exemplo, costumam ser os itens que mais pesam no bolso. Comprá-los diretamente da editora ou adquiri-los de sebos podem ser opções para não gastar tanto.

Calendário escolar

As aulas para os alunos da rede municipal de ensino de Florianópolis começam no dia 19 de fevereiro. As férias no meio do ano serão entre os dias 14 e 29 de julho. O final do ano letivo de 2018 está programado para o dia 21 de dezembro. Já na rede estadual as aulas voltam no dia 15 fevereiro. O recesso escolar será de 16 a 27 de julho e as férias escolares de dezembro serão a partir do dia 18.

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