O ano está prestes a acabar e a reportagem de "AN" fez uma lista para reunir e relembrar quais foram os dez principais fatos que marcaram 2018 em Joinville. Entre eles, estão a queda do helicóptero na zona Sul, os alagamentos que fizeram o município decretar situação de emergência, o impacto da greve dos caminhoneiros e a morte de personalidades da cidade.
Continua depois da publicidade
Confira a lista completa:
1) Alagamentos em janeiro
Em janeiro deste ano, a chuva atingiu a cidade e causou alagamentos em diversos bairros, principalmente das regiões Central, Norte e Oeste. O rio Cachoeira chegou a transbordar em alguns pontos da cidade e o acesso ao bairro Vila Nova foi interditado pelo Departamento de Trânsito por causa dos alagamentos.
Os estragos causados pela chuva foram graves para vários moradores de Joinville e a Prefeitura precisou decretar situação de emergência no final do mês de janeiro. Já os moradores precisaram fazer a limpeza nas casas afetadas pelos alagamentos e retomar a rotina, mesmo tendo perdido móveis e pertences pessoais.
2) Falta de água por três dias
Um vazamento na adutora da rua Almirante Jaceguay, na zona Norte de Joinville, deixou vários pontos da cidade durante três dias sem água em fevereiro deste ano. Para realizar o reparo no local, a produção da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão precisou ser suspensa, deixando cerca de 70% dos joinvilenses com o abastecimento comprometido.
Continua depois da publicidade
Durante o ano, novos vazamentos em lugares diferentes da cidade também prejudicaram o abastecimento para a população. Na rua Recreativa Antártica, ao lado da Cidadela Cultura, por exemplo, foram pelo menos três vazamentos durante o ano.
3) Queda do helicóptero
Um helicóptero caiu na tarde do dia 8 de março deste ano no bairro Paranaguamirim, na zona Sul de Joinville. Três pessoas morreram no acidente, que causou repercussão em todo o Estado e até nacional.
A investigação da Polícia Federal apontou que a aeronave foi sequestrada para ser usada na tentativa de resgate de um preso na Penitenciária Industrial de Joinville. Cinco pessoas foram indiciadas por ter planejado ou participado do crime.
4) Polêmica do licenciamento ambiental
Uma decisão da Justiça Federal de março deste ano determinou que a Prefeitura de Joinville retomasse a análise e emissão dos licenciamentos ambientais da cidade. O serviço havia sido transferido para o Instituto do Meio Ambiente (ex-Fatma) em setembro de 2017.
Continua depois da publicidade
A Justiça também determinou a suspensão dos efeitos das licenças ambientais que já haviam sido emitidas pelo órgão estadual desde setembro. Até agora não houve acordo e o município já afirmou que vai continuar tentando transferir o licenciamento para o IMA.
5) Greve dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros aconteceu em maio deste ano em todo o Brasil e também teve consequências em Joinville. A categoria decidiu parar as atividades reivindicando causas como a redução no preço do óleo diesel e a isenção de pedágio dos eixos suspensos.
Houve paralisação dos caminhoneiros na BR-101, em Joinville, e em outros dez pontos na região Norte do Estado. A greve ganhou apoio de parte da população, que realizou manifestações em apoio à categoria. Com o passar dos dias, houve problemas para abastecer os veículos nos postos de combustíveis e também de falta de alimentos nos supermercados.
Os impactos também foram sentidos pela indústria e na exportação da região. Várias empresas de Joinville tiveram que parar algumas linhas de produção porque não havia entrega de matéria-prima ou como escoar a produção.
Continua depois da publicidade
6) Duplicação e elevado da Santos Dumont
Em maio deste ano, o Governo do Estado inaugurou a obra de duplicação da avenida Santos Dumont e do elevado, na esquina com a rua Tuiuti, na zona Norte da cidade. A obra começou em 2013 e teve um investimento de R$ 85,2 milhões.
A inauguração aconteceu no dia 10, quando a morte do ex-governador Luiz Henrique da Silveira completou três anos. Ele foi homenageado ao ter o nome usado para batizar o elevado
7) Primeira edição do Pianíssimo
Durante cinco dias do mês de setembro, Joinville recebeu pela primeira vez um festival que reuniu grandes estrelas do piano em apresentações gratuitas pela cidade. Foram cerca de 8 mil pessoas que acompanhar as 72 horas do Pianíssimo.
As apresentações foram de pianistas profissionais e amadores com diferentes estilos, desde os clássicos até os mais contemporâneos. O público pôde conferir os artistas em palcos habituais, como o Teatro Juarez Machado e em espaços incomuns, como restaurantes.
Continua depois da publicidade
8) Bolsonaro tem maior votação em Joinville
Nas eleições deste ano, o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) teve a maior votação da história para presidente em Joinville desde a redemocratização (em primeiro turno). Ele teve 262.556 votos (83,18% dos votos válidos) no maior colégio eleitoral do Estado, que conta com 396.700 eleitores.
Joinville e região também conseguiu aumentar o número de deputados federais eleitos pelo Norte de Santa Catarina. Serão cinco representantes em Brasília a partir de 2019. Por outro lado, a bancada da região na Assembleia Legislativa (Alesc) continuará a mesma, com três deputados estaduais eleitos.
Ainda na política, o ano foi movimentado na Câmara de Vereadores de Joinville. Um dos projetos mais discutidos e polêmicos deste ano foi o IPTU Progressivo, aprovado pelo Legislativo no início de dezembro. Ele adota alíquotas crescentes do tributo para terrenos baldios ou subutilizados.
9) Morte do consultor jurídico da Câmara de Vereadores
Um dos crimes de maior repercussão na cidade em 2018 foi a morte de Maurício Eduardo Rosskamp, consultor jurídico da Câmara de Vereadores de Joinville. Ele foi encontrado morto com golpes de pedra na madrugada do dia 20 de dezembro na zona Sul.
Continua depois da publicidade
A Polícia Civil prendeu uma mulher suspeita de ter participação no crime e a Justiça expediu mandados de prisão temporária para outros três suspeitos, que continuam foragidos.
Maurício era um dos três filhos do também advogado e ex-vereador e ex-deputado estadual Raulino Rosskamp. Ele era casado com a professora Ana Lúcia Martins, com quem tinha um filho de 14 anos. Ele também tinha dois filhos, de 28 e 19 anos, do primeiro casamento.
10) Morte de personalidades joinvilenses
Em 2018, Joinville perdeu personalidades importantes da história da cidade. Uma delas aconteceu em 5 de março, com a morte do padre Luiz Facchini, aos 76 anos. Ele teve uma longa jornada de ações comunitárias na cidade, com a criação de cozinhas em comunidades carentes e outros projetos sociais.
A Fundação Padre Luiz Facchini Pró Solidariedade e Vida foi criada por ele na década de 1990 e, atualmente, atende 200 crianças no Projeto Cidadão do Futuro e 150 crianças na cozinha comunitária.
Continua depois da publicidade
Quatro dias depois, aconteceu também a morte da russa Galina Kravchenko, professora e bailarina do Bolshoi, aos 73 anos. Ela lutava contra o câncer há cinco e estava em sua casa quando sofreu uma parada cardiorrespiratória. Galina era esposa do idealizador da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Aleksander Bogatiriev.
Ela se dedicou ao Bolshoi durante 18 anos nas funções de ensaiadora, professora e coreógrafa. Sua relação com Joinville era muito próxima, tanto que em 2013 ela recebeu o título de cidadã honorária do município.
Por fim, no último dia 13, a cidade perdeu uma das maiores conhecedoras da história e das memórias de Joinville. Jutta Hagemann faleceu aos 92 anos depois de passar por complicações de saúde após um AVC.
Mesmo sem formação na área, sabia boa parte dos detalhes sobre os 167 anos desde a colonização de Joinville. Um pouco porque havia vivido parte dessa história, um pouco porque envolvia sua família, e muito porque gostava de pesquisar e guardar objetos e publicações antigas.
Continua depois da publicidade