A paralisação geral organizada por centrais sindicais de todo o Brasil prevista para acontecer nesta sexta-feira também deve contar com grande número de participantes em Joinville. Segundo a União Sindical, cerca de 30 sindicatos de trabalhadores aderiram ao movimento e devem parar total ou parcialmente no dia 28.
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Da mesma maneira, o Sindicato dos Servidores Públicos (Sinsej), Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), movimentos estudantis e sociais também se programam para protestar contra as reformas previstas pelo presidente Michel Temer (PMDB).
De acordo com Lourival Pisetta, coordenador da União Sindical, as reformas do Governo Federal projetam a retirada de direitos sociais, trabalhistas, sindicais e previdenciários conquistados ao longo de décadas no país. Por isso, todos os sindicatos que representam os trabalhadores em Joinville e região vão paralisar durante todo o dia, participando dos atos no Centro da cidade.
A concentração está marcada para às 6 horas na praça da Bandeira, com dois atos previstos para às 9 e 10 horas. Em seguida, às 11 horas, deverá acontecer uma caminhada pelas ruas centrais.
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— Os portos, correios e servidores públicos são partes da classe trabalhadora que têm um pouco mais de facilidade em paralisar. No transporte, vamos administrar uma pequena parada por um certo tempo nos coletivos do terminal central — detalha.
Esta será a segunda vez no ano em que a União Sindical realiza paralisação contra as reformas do Governo Federal. Em março, os trabalhadores se reuniram na praça da Bandeira para protestar. Pisetta afirma que cerca de mil pessoas compareceram no primeiro ato e agora a expectativa é de que o movimento consiga reunir milhares de manifestantes.
Ato em conjunto em frente a Prefeitura
Os servidores públicos de Joinville também vão paralisar os serviços nesta sexta-feira. A concentração dos trabalhadores está prevista para às 9 horas em frente à Prefeitura, quando acontecerá a assembleia para discutir a campanha salarial deste ano. Em seguida, às 10 horas, o Sinsej vai recepcionar outros sindicatos e movimentos estudantis e sociais para o ato em apoio ao protesto nacional contra as reformas.
Segundo o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, a Prefeitura ainda não apresentou uma proposta final para a negociação salarial, que tem 1º de maio como data base. Está prevista para às 16 horas desta quinta-feira uma audiência com o prefeito Udo Döhler para discutir o assunto. Caso seja apresentada a proposta, ela será levada para a assembleia de sexta-feira.
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— Dependendo da resposta da Prefeitura, vamos fazer a avaliação durante a assembleia e discutir se mantemos a greve — ressalta.
Ulrich acredita em uma grande adesão dos trabalhadores, tanto pela questão nacional envolvendo as reformas, quanto pela pauta local que pretende discutir a campanha salarial.
No mesmo dia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação realiza uma assembleia regional às 8 horas para discutir pontos específicos da categoria e as reformas nacionais. Às 10 horas, eles se juntam ao Sinsej para a manifestação em frente a Prefeitura, juntamente com movimentos estudantis e sociais.