Eleita a melhor empresa do País pela revista Exame, a WEG continua familiar e sediada em Jaraguá do Sul, mas a atuação torna-se cada vez mais global. Um desafio para o negócio e também para o processo produtivo.
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Manter o padrão de qualidade e a cultura da empresa em lugares tão distintos quanto a China e a cidade de Manaus, no Amazonas, requer da companhia atenção constante.
Negócios & Cia. foi até Jaraguá do Sul, onde o parque fabril da empresa chega a quase 1 milhão de metros quadrados, para ver de perto como esta tradicional fabricante de equipamentos elétricos, de automação e de sistemas de energia organiza a sua produção.
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Padrão global
Para conseguir um padrão de qualidade mundial, o superintendente da Unidade Motores, Luis Alberto Tiefensee, mostra uma gama de ferramentas de gestão internacionais aplicadas em cada unidade e um processo com elevado nível de automatização de sistemas.
A WEG também conta com um centro de treinamento, considerado fundamental para capacitar os profissionais que atuam em seu negócio.
– A cultura é uma barreira maior do que a própria língua. Nossa cultura de manufatura é mais alinhada com a China do que com a de Portugal, por exemplo, onde é preciso explicar mais os assuntos e demora-se mais para tomar uma decisão. Na China, o processo é mais rápido – afirma.
Segundo Tiefensee, a gestão da manufatura chinesa é muito próxima da que ocorre na fábrica do Brasil.
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–O maior desafio é o tempo. Não é coisa que se faça com cartilha definida e esperar que em quatro meses tudo vai mudar. O tempo varia conforme a cultura local. Às vezes, a gente tem ansiedade de obter resultado no curto prazo, mas pode levar dois, três anos até uma unidade andar com as próprias pernas – afirma o executivo, que acompanha o desenvolvimento da companhia há mais de três décadas.
Além da atuação mundial, a WEG tem uma complexidade a mais: são várias indústrias em uma só. Não se trata de uma montadora de motores somente. Ela faz a fundição, a estampagem, a ferramentaria, a usinagem, fabrica máquinas e os equipamentos especiais e desenvolve o verniz aplicado no isolamento do motor. Até os pallets para embalar o produto são feitos pela WEG.
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A própria empresa faz o tratamento fitossanitário das embalagens de pínus ou eucalipto. A serralheria fica em Corupá. A verticalização possibilita ter flexibilidade e velocidade no atendimento ao cliente.
Por outro lado, requer investimento em tecnologias que não estão ligadas diretamente ao produto, explica Tiefensee. Mas este é um dos segredos do sucesso.
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– Na fabricação de motores elétricos, de geradores, de transformadores e de painéis, a tecnologia não está só no produto. Ela está na manufatura também – observa o diretor.
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