O Joinville encerrou no sábado a série de jogos-treinos antes da estreia no Campeonato Catarinense, no próximo domingo, contra o Avaí, na Arena. Com a equipe titular mais tempo em campo, o JEC criou oportunidades, mas não conseguiu sair do 0 a 0 com o J.Malucelli. A atividade terminou com o mesmo placar do treino realizado em Joinville, diante do Paraná, na quarta-feira passada. Antes disso, o Joinville venceu o Atlético-PR por 1 a 0.
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Nestas partidas, apenas o duelo frente ao Paraná foi observado pela imprensa. Nos outros, portões fechados. Para dar uma prévia ao torcedor do que será o JEC em 2015, “AN” reuniu suas observações e ouviu membros do clube que assistiram aos jogos. Veja abaixo as cinco constatações.
1 – Defesa continua forte
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Em 2014, o JEC fez 56 jogos na temporada e passou 20 deles sem sofrer gols – ou seja, em 35% das partidas. Destes 20 jogos, 12 ocorreram na Série B, comprovando a força da equipe que terminou o ano como campeã brasileira. Em 2015, o setor sofreu apenas uma baixa: Edson Ratinho não renovou contrato e foi substituído por Luis Felipe, recém-chegado. Com praticamente os mesmos atletas, o entrosamento ajudou e o JEC passou os três jogos-treinos sem sofrer nenhum gol.
2 – Ataque produziu pouco
Se a defesa foi bem no ano passado, o ataque viveu momentos difíceis. Nas 56 partidas, o Tricolor passou 13 sem marcar, dez delas na Série B, ou seja, em 23% dos jogos de 2014 o torcedor não vibrou com os gols do JEC. A melhora aconteceu na reta final do Brasileiro quando a equipe passou oito jogos invicta e marcou 18 gols neste período – 35% do total da Série B. Em 2015, o problema se repete. Sem Jael e Edigar Júnio que, juntos, marcaram 24 gols dos 51 gols na Série B, o JEC conseguiu balançar a rede apenas contra o Atlético-PR. Nos outros testes passou em branco e preocupou a torcida.
3 – Reforços chegaram bem
O lateral-direito Luis Felipe, o meia Eduardo e o atacante Bruno Furlan foram os jogadores que mais empolgaram nos três testes do JEC. Na quarta-feira passada, contra o Paraná, o lateral-direito mostrou qualidade no apoio. Quando foi solicitado, cruzou boas bolas na área, criando oportunidades para Fernando Viana e Fabinho. Eduardo deu outra dinâmica à equipe. Meia, atua pelo lado esquerdo dando apoio ao lateral Rogério. Ele também pode ser deslocado para o lado direito, jogando aberto, quase como um ponta. Bruno Furlan mostrou um futebol de força, velocidade e chutes potentes. Já Rafael Costa, principal contratação do JEC, parece precisar de mais tempo para se entrosar com a equipe.
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4 – Bola parada ainda é arma
O JEC marcou 16 gols em bolas paradas na Série B. E, apesar de ter balançado a rede apenas uma vez nos jogos-treinos, a bola parada do Tricolor continua forte. Dos pés de Marcelo Costa, o Tricolor criou boas oportunidades diante do Paraná. Numa delas, a bola achou a cabeça de Fernando Viana, que não conseguiu marcar. Com a presença de jogadores de boa estatura como Bruno Aguiar e Gutti, o Joinville pode fazer da jogada a sua principal arma no começo do Estadual, quando a equipe ainda passará por ajustes.
5 – Ligação direta perde a referência
Outra jogada que o Joinville utilizou bastante na Série B foi a ligação direta. Como a equipe não tem a característica de trocar muitos passes, a arma passou a ser usada e surtiu efeito graças à qualidade de Edigar Júnio. O atacante conseguia receber a bola, prendê-la como um pivô de futsal e dar velocidade às jogadas. Foi assim em partidas contra Paraná, Icasa, América-MG, Ceará, ABC, por exemplo. Sem Edigar, no entanto, a jogada não funcionou. Fabinho não conseguiu exercer o mesmo papel e Hemerson Maria reconhece que é preciso repensar esta arma.