Estratégia equivocada do partido, dificuldade em mostrar o trabalho realizado como vereador e a quantidade de candidatos concorrendo na mesma região são alguns dos argumentos mais utilizados pelos nove vereadores que não conseguiram a reeleição para a Câmara de Joinville em 7 de outubro. Sem os votos necessários, a partir do ano que vem o Legislativo terá 11 caras novas – Dalila Leal (PSL) e Lauro Kalfels (PSDB) preferiram não concorrer.
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Dos vereadores que acabaram não se reelegendo, a pior situação foi a de Alodir Cristo. Único eleito pelo DEM que não migrou para o PSD, Cristo viu a legenda cair numa coligação de pouca expressão, com PSL, PTN, PTC e PRP.
No final das contas, a aliança não conseguiu fazer os 15.375 votos de legenda necessária para eleger um parlamentar. Como ninguém foi eleito pela coligação, o vereador também não terá chance de ocupar vaga nem mesmo como suplente na próxima legislatura. Decepcionado, diz que não irá mais concorrer ao Legislativo.
– Sou melhor do que isso. Sou um cara mais voltado para o Executivo -, analisa o vereador.
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O DEM não terá vereadores em Joinville pelos próximos quatro anos (exceto se alguém mudar de partido, o que é difícil devido à fidelidade partidária e à possibilidade de perder o mandato).
E o PMDB viu uma mudança total em seus quadros. Nenhum dos três vereadores conseguiu a reeleição, apesar de a bancada ter crescido, com quatro nomes eleitos. Entre os peemedebistas que não emplacaram, Jucélio Girardi foi o que obteve o pior resultado. Com 2.079 votos, acabou ficando na sexta suplência.
Outra razão que pode ter influenciado o desempenho de vereadores como Osmari Fritz e Tânia Eberhardt foi a falta de aporte financeiro. Mesmo não atribuindo o resultado ao fato, os dois viram outros candidatos do próprio PMDB – Cláudio Aragão e Mauricinho Soares – recebendo um bom apoio, principalmente de Mauro Mariani (PMDB).
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A alegação é de que o deputado federal ainda teria mágoa pela falta de apoio recebida nas eleições de 2008, quando concorreu à Prefeitura de Joinville pelo PMDB.
Motivos
A bancada do PT na Câmara de Joinville também encolheu. Marcos Fernandes e João Rinaldi não se reelegeram. Somente Manoel Bento e Adilson Mariano emplacaram. Os dois perdedores alegam que o PT errou na estratégia. Na tentativa de buscar mais votos para fazer legenda, a sigla teria lançado muitos candidatos a vereador.
No caso de Marquinhos, três ex-assessores dele acabaram concorrendo, o que teria dividido os votos. Rinaldi viu o PT colocar mais dois candidatos em sua base eleitoral, o Aventureiro. E tem ainda a queixa de que Manoel Bento não teria respeitado um acordo e lançado um comitê na zona Leste.
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A quantidade de candidatos também é a reclamação de Juarez Pereira (PPS) e Zilnete Nunes (PSD). Enquanto Pereira atribui a derrota à falta de investimentos na região Sul, Zilnete cita o número de concorrentes lançados na Assembleia de Deus.
O curioso é que a irmã de Kennedy Nunes fez mais votos do que na eleição de 2008. A teoria mais simples é a de Joaquim Alves dos Santos (PSDB). Na avaliação dele, o eleitor queria ver rostos novos. Quinzinho encerra o segundo mandato.
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“A Câmara é pequena pra mim. Não volto mais.”
“Está foi uma eleição muito difícil para o PT.”
“Agora vou trabalhar. Preciso me sustentar.”
“Ainda não tenho ideia nenhuma do que fazer.”
“Eu não recebi o apoio de ninguém.”
“Temos que aprender com o que as urnas dizem.”
“Falhei em não mostrar mais os meus projetos.”